Segundo as primeiras reconstruções do caso, foram os torcedores do Parma que iniciaram confronto que resultou na morte de Matteo Bagnaresi, de 27 anos. Torcedor da equipe gialloblù, ele viajava a Turim para acompanhar a partida entre Parma e Juventus, que aconteceria na manhã deste domingo, quando foi atropelado por um ônibus da torcida rival e não resistiu.

Por causa do acontecimento, o jogo foi adiado pela federação de futebol local, enquanto nos outros encontros válidos pela 31ª rodada do Campeonato Italiano tiveram respeitados um minuto de silêncio e comoção, por parte de jogadores, dirigentes, torcedores e árbitros. De acordo com o jornal La Gazzetta dello Sport, Bagnaresi retornava a um campo de futebol depois de três anos, mas não pôde cumprir o objetivo após ser atingido em uma área de serviço à beira da estrada localizada entre as cidades de Alessandria e Asti, nas cercanias de Turim, na região norte da Itália.

A dinâmica dos fatos, segundo foi apurado até aqui, teria iniciado às 12h30min locais (7h de Brasília), quando chegou ao local um ônibus que levava 25 torcedores da Juventus provenientes de Crema, na Lombardia. Trinta minutos depois, apareceram dois ônibus de uma das torcidas organizadas do Parma, batizada de Boys, ameaçando em meio a garrafadas e correias os torcedores rivais.

Os representantes da equipe de Turim, em inferioridade numérica, partiram em velocidade com o ônibus, atropelando Bagnaresi, pego desprevenido no posto de gasolina. Alguns dos juventini percebem a gravidade do ocorrido, mas o motorista continuou sua fuga por mais 700m.

Já interrogado pelas autoridades locais, o condutor afirmou que não havia percebido que atingira uma pessoa. Até agora, já estiveram presentes no local o Instituto Médico Legal, o comissário da polícia de Asti e os pais do torcedor morto, que fazia parte dos Boys.

Também apareceu na região o presidente do Parma, Tomasso Ghiradi, que destacou que a torcida organizada nunca foi conhecida por atos violentos.

– Os Boys são um grupo que sempre se distinguiu pela civilidade e afeição à equipe. Estou surpreso e ao mesmo tempo triste pela morte de Matteo. Seguramente participarei ativamente do luto da família – declarou o mandatário.

GAZETA PRESS