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 | 28/03/2008 19h34min

Economia do governo para pagar juros da dívida soma R$ 20 bi no bimestre

Total representa crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado

A economia que o governo (União, Previdência Social e Banco Central) faz para pagar os juros da dívida pública e manter a sua trajetória de queda, também conhecida como superávit primário, somou R$ 20,38 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, segundo informou nesta sexta-feira a Secretaria do Tesouro Nacional. O valor equivale a 4,59% do Produto Interno Bruto (PIB).

Isso representa crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o governo registrou um resultado positivo de R$ 15,05 bilhões em suas contas, ou 3,83% do PIB. Também representa o cumprimento de 1/3 da meta de superávit primário do governo para todo este ano, que é de R$ 60,4 bilhões.

Receitas a despesas

As receitas, após as transferências constitucionais feitas a estados e municípios, apresentaram forte crescimento de 18,9% nos dois primeiros meses deste ano e contribuíram para o crescimento do superávit primário. No período, as receitas somaram R$ 93,1 bilhões, contra R$ 78,2 bilhões em igual período de 2007.

No caso das despesas, também houve forte crescimento no primeiro bimestre deste ano. Os gastos cresceram 15%, para R$ 72,7 bilhões, contra R$ 63,2 bilhões em igual período do ano passado. O Tesouro Nacional informou que as despesas tiveram esta elevação, entre outros fatores, por conta do maior pagamento de precatórios (decisões judiciais) de custeio (R$ 1,3 bilhão neste ano, contra R$ 26,9 milhões em 2007), e de pessoal (R$ 2,2 bilhões em 2008 contra R$ 213 milhões no ano passado).

Investimentos

Geralmente, o governo antecipa o cumprimento da meta de superávit primário no início de cada ano. Posteriormente, mais para o segundo semestre, começa a executar mais fortemente os investimentos. Neste ano, dados do Tesouro revelam que a execução não está muito diferente.

No primeiro bimestre, o governo pagou somente R$ 651 milhões, de uma previsão superior a R$ 13 bilhões, no chamado projeto-piloto de investimentos (estradas, portos, aeroportos e ferrovias, entre outros). Apesar de ainda estar longe do objetivo, os investimentos cresceram frente ao primeiro bimestre de 2007 — quando somaram R$ 296 milhões. As informações são do site G1.

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