O índice Bovespa abriu o pregão de hoje em alta e se aproxima dos 61 mil pontos. Às 10h05, o Ibovespa avançava 0,36% a 60.981 pontos. Os dados de inflação mais olhados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgados nesta manhã nos EUA, não causaram nenhuma surpresa desagradável.

E, com isso, os índices futuros das Bolsas em Nova York prosseguem em terreno positivo, mas os investidores continuam preocupados com a crise no mercado de crédito e o seu efeito no setor bancário. Na Europa, as principais bolsas operam em baixa moderada, em torno de 0,5%.

Aqui, o Ibovespa futuro chegou a subir mais de 1% antes do pregão regular, mas desacelerou o ganho após a mudança de direção nos preços das matérias-primas (commodities), devolvendo a alta do início do pregão. Mas as notícias domésticas são favoráveis. A inflação de março medida pelo IGP-M subiu menos do que o esperado. A taxa ficou em 0,74%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, a notícia de que foi fechada a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar) deve repercutir positivamente na Bolsa brasileira. Segundo os jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico, o último obstáculo para a compra do controle da BrT pela Oi foi vencido ontem à noite, após um acordo para resolver um litígio entre Citigroup e Opportunity, acionistas de ambas as empresas.

O valor do negócio teria ficado em torno de R$ 5 bilhões. Analistas da Alpes Corretora estimam potencial de valorização hoje de 23% para as ações ordinárias da Brasil Telecom Participações por causa do "tag along" de 80% (direito de preferência dos minoritários quando há troca de controle). As ações da BRT operadora também devem subir.

Após vários dias seguidos de saída de capital externo, a Bovespa registrou no dia 24, segunda-feira passada, entrada de R$ 165,161 milhões. Embora tenha recuado para R$ 4 bilhões, o saldo negativo acumulado no mês ainda é alto. De qualquer maneira, essa entrada de recursos estrangeiros confirma que a Bolsa foi beneficiada nos últimos dias pela queda da aversão ao risco.

Agência Estado