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 | 28/03/2008 04h36min

Jogadores evitam provocações ao Juventude

Atletas minimizam histórico favorável e tratam confronto deste sábado como clássico

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Assim que o Juventude foi definido como rival do Grêmio, por volta das 21h40min de quarta-feira, uma onda de insinuações partiu do Beira-Rio direcionada para o Alfredo Jaconi. A ordem era motivar o adversário gremista.

Nesta quinta-feira, após reunião do vice de futebol colorado, Giovanni Luigi, com os jogadores mais comissão técnica, as declarações cessaram. No Olímpico, a orientação era para que os atletas não entrassem em debate pela imprensa. Ninguém falava. Apenas o diretor de futebol, Paulo Pelaipe. E ele falou bastante.

O Gre-Nal verborrágico teve seqüência no pátio do Olímpico. Enquanto Celso Roth orientava o treino, Pelaipe era cercado por repórteres. Em diversas entrevistas, o dirigente tratou de usar todos os recursos aprendidos em três décadas de futebol para elogiar o Juventude, além de alfinetar o Inter e Luigi.

— Caiu para nós enfrentar o pior adversário possível neste momento. Será um jogo muito difícil. Será dado todo o respeito ao Juventude. Até porque são eles (Inter) que provocam o Juventude e depois reclamam quando perdem — disparou Pelaipe.

O dirigente ainda protestou pelo que considerou uma intromissão colorada nos assuntos gremistas:

— Eles (Inter) já passaram pela Ulbra, né? É, só quem tem um supertime, campeão da Copa Dubai, campeão de tudo, pode se preocupar com o jogo dos outros.

Se o clima na direção era quente, os jogadores trataram de falar em um tom mais baixo. Eduardo Costa e Roger, a dupla escolhida para as entrevistas de ontem à tarde, projetaram dificuldades no mata-mata com os caxienses. Questionados sobre uma possível "barbada" no confronto com o Juventude, devido ao amplo retrospecto favorável ao Grêmio, ambos fecharam o cenho e deram tratamento de clássico à partida.

— Não haverá facilidade. Daremos uma grande mancada se pensarmos assim. Essa história de levar vantagem contra o Juventude é passado. Não podemos contar com isso — disse Eduardo Costa.

— O Juventude sabe jogar de igual para igual com os clubes grandes. Infelizmente, já teremos este clássico logo de cara nos mata-matas — comentou Roger.

Anos à frente de Roger quando o assunto é Campeonato Gaúcho, o capitão Eduardo Costa lembrou ainda do interesse do Juventude em dar o troco pelas últimas derrotas:

— Jamais perdi para o Juventude. Nem mesmo quando estava na categoria de base. Mas lembro que tivemos um jogo muito difícil no Jaconi na final do Gauchão de 2001 (vitória do Grêmio por 3 a 2 na Serra, e 3 a 1, no Olímpico). Certamente eles virão com tudo para cima de nós.

 
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