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 | 24/03/2008 20h41min

Preço do petróleo WTI cai, mas continua acima dos US$ 100

Contratos para maio fecharam a US$ 100,86 o barril, US$ 0,98 menos que na jornada anterior

O preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) caiu nesta segunda-feira quase US$ 1, mas se manteve acima dos US$ 100 em Nova York, entre sinais de redução do consumo nos Estados Unidos e de estabilização do dólar. Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para maio fecharam a US$ 100,86 o barril (159 litros), US$ 0,98 menos que na jornada anterior.

O barril de petróleo de referência nos EUA foi negociado hoje dentro de pequenas margens e com freqüentes oscilações em seu preço durante grande parte da jornada. Apesar disso, da mesma forma que em ocasiões anteriores, as contratações se intensificaram nos últimos minutos do pregão e a venda de contratos se acelerou.

Foi o terceiro pregão consecutivo e o quinto nos últimos seis dias em que o preço do petróleo cai, após ter batido no último dia 13 um recorde histórico de US$ 110,33 no fechamento e, dois dias depois, marcar US$ 111,80 por barril durante os negócios. A tendência de baixa se acelerou após o mercado constatar uma queda na demanda de combustíveis nos EUA nas últimas semanas, devido, em parte, aos altos valores e a uma menor atividade econômica.

O Departamento de Energia americano (DOE) indicou na quarta-feira passada que o total de combustíveis enviado ao mercado nas últimas quatro semanas, fator que é considerado referência do nível de demanda, foi de cerca de 20,3 milhões de barris ao dia, 3,2% menos que no mesmo período de 2007. O consumo de gasolina no mesmo período foi de uma média de 9,1 milhões de barris, 0,1% a menos que há um ano, e o de destilados se situou em 4,2 milhões de barris diários, 5,4% a menos que em 2007.

Aos sinais de retrocesso na demanda se soma a maior estabilidade do dólar frente ao euro e a outras divisas, depois das fortes quedas registradas em seus câmbios em semanas recentes. O dólar se manteve hoje perante o euro em um câmbio muito próximo ao da última quinta-feira, quando foram divulgados dados favoráveis relativos ao setor imobiliário e a Bolsa de Nova York se movimentou com firmeza em alta.

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortou em 0,75 ponto percentual a taxa de juros na terça-feira passada, redução menor que a prevista pelo mercado, contribuindo para que o dólar recuperasse um pouco da força perdida. O fortalecimento do dólar gerou também uma redução no preço do ouro e de outras matérias-primas, como o petróleo, que são negociadas na moeda americana e que recentemente tinham registrado fortes altas em seus valores.

Os contratos de gasolina para entrega em abril finalizaram hoje a US$ 2,6412 o galão (3,78 litros), quase US$ 0,04 a mais que o dia anterior. Já os de gasóleo de calefação diminuíram US$ 0,01 e ficaram a US$ 2,9631 o galão. Os contratos de gás natural para abril finalizaram a US$ 9,32 por mil metros cúbicos, US$ 0,26 a mais que o dia anterior.

EFE
 
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