| 15/03/2008 15h28min
Ovos de todos os tamanhos e cores expostos nos corredores dos supermercados transformam o cenário e o clima desses estabelecimentos nesta época do ano. Ainda falta uma semana para a Páscoa, mas o varejo está otimista e confiante de que 2008 irá superar — e bastante — os resultados das vendas do ano passado.
No setor supermercadista, as vendas da data só perdem para as festas do final do ano, que englobam o Natal e o Réveillon, e a aposta deste ano é que elas cresçam 9,1%.
— Essa expectativa está condizente — afirma o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), Sussumo Honda.
Segundo a pesquisa do departamento de economia da entidade, 68% dos entrevistados afirmaram que acreditam que as vendas da Páscoa deste ano sejam superiores às registradas no ano anterior, e apenas 7% dos empresários apontaram que as vendas serão inferiores. A entidade não tem o dado fechado em reais.
A Páscoa antecipada não irá prejudicar
os resultados do setor, na avaliação de Honda.
— Seria bom para nós se a Páscoa caísse no início do mês, período de recebimento do salário — diz o executivo.
As principais redes do país estão confiantes nas vendas da data e apostam em variações superiores à estimada pela Abras. A rede americana Wal-Mart espera um crescimento de 15% em 2008 sobre os resultados obtidos no ano anterior. O mesmo percentual foi apresentado pela rede francesa Carrefour.
O cenário positivo foi observado também no abastecimento dos estoques dos supermercados para a Páscoa. De acordo com a pesquisa, 73% dos entrevistados confirmaram que compraram mais da indústria este ano. Do restante, 19% afirmaram que o patamar de compras foi o mesmo, e 8% responderam que foi inferior.
Os números impressionam quando a questão é a produção de chocolate para a época. A estimativa da Associação Brasileira de Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) é que a produção industrial de ovos de
Páscoa neste ano deverá crescer 7% em relação ao
ano passado, atingindo 22,9 mil toneladas, cerca de 100 milhões de ovos.
— Nós produzimos o que o mercado pediu. Na minha avaliação, ele foi um pouco conservador — disse o presidente da entidade, Getúlio Ursulino Netto.
O cenário é muito mais otimista para o comércio e a indústria que para o consumidor. Segundo a entidade, a estimativa é que haja um alinhamento de preços em torno de 4,7% em relação aos praticados em 2007. Essa projeção, segundo a Abicab, leva em conta a inflação no período, os reajustes do custo dos insumos (cacau, leite e açúcar), embalagem e mão-de-obra.
Com vendas aquecidas e preços mais altos, a expectativa da entidade é que o faturamento da data neste ano atinja R$ 767 milhões, o que representará um avanço de 12% sobre os resultados do ano passado.
— Este ano, como foi em 2007, será mantida a tendência de produção de ovos médios, de 201 gramas a 500 gramas, que representam 56% do total produzido — destacou
Netto.
A pesquisa da Abras confirma
estes dados. Os empresários do setor estimam que o crescimento nas compras de ovos de Páscoa nos tamanhos entre 150 gramas e 500 gramas representará aumento de 9,2% sobre o mesmo período de 2007.
— O Brasil está passando por um cenário economicamente muito bom, com crescimento de renda e com muitas facilidades de crédito. Tudo é propício para o aumento do consumo. A Páscoa deste ano será muito recheada — destacou o presidente da Abras.
A expectativa da Associação Brasileira de Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados é que o faturamento da data neste ano atinja R$ 767 milhões
Foto:
Divulgação
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Hagah
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