| 14/03/2008 09h02min
As ações do fundo de bônus hipotecários Carlyle Capital subiam 182% para US$ 0,99 por volta das 7h30min (horário de Brasília) na Bolsa de Amsterdã depois que o co-fundador da empresa americana Carlyle Group, David Rubinstein, responsável pelo fundo, disse ao jornal britânico Financial Times que está examinando questões legais e procurando maneiras de compensar os investidores do fundo:
— Nós demos suporte aos nossos produtos no passado e estamos trabalhando em maneiras de lidar com as perdas que os investidores vêm sofrendo.
O Carlyle Group listou o fundo na bolsa Euronext Amsterdã em julho do ano passado e recebeu cerca de US$ 17,2 milhões em remuneração para administrar a carteira de títulos lastreados em hipotecas residenciais. O fundo agora está perto do colapso, depois que os credores tomaram a maior parte dos US$ 21,7 bilhões em ativos nesta semana, quando não atendeu ao pedido de apresentação de garantias. As ações do fundo Carlyle Capital
abriram hoje cotadas a US$ 0,35 na
bolsa holandesa.
Antes de divulgar os problemas do fundo, em 5 de março, as ações eram negociadas a US$ 12,50. Em julho de 2007, quando foram listadas na bolsa, os papéis valiam US$ 19. Poucas semanas depois de entrar na Bolsa de Amsterdã, o Carlyle Group teve de depositar US$ 200 milhões em recursos emergenciais para garantir o fundo Carlyle Capital. Hoje, o fundo ainda deve ao grupo pelo menos US$ 150 milhões.
Nesta semana, o Carlyle Group fez novos esforços para salvar o fundo de um colapso, promovendo uma série de reuniões com bancos credores que financiavam a carteira de US$ 21,7 bilhões do fundo. Porém, as conversas fracassaram e pelo menos US$ 16,6 bilhões dos ativos já foram tomados. Tanto o fundo quanto o grupo já prevêem que o restante da soma também seja tomado pelos credores, mas não deram mais detalhes sobre a situação desde ontem.
O fundo Carlyle protagonizou ontem mais um capítulo na crise financeira internacional. Pela manhã, bolsas
caíram em todo o mundo, mas se
recuperaram à tarde depois que a agência de classificação de risco de crédito Standard Poor's informou que o problema de crédito está perto do fim para as grandes instituições financeiras.
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