| 11/03/2008 13h59min
O economista chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou nesta terça que a taxa de câmbio é um elemento crítico para manter a competitividade das máquinas e equipamentos produzidos no Brasil. Ele lembrou que as importações de bens de capital crescem mais que a produção nacional.
— A taxa de câmbio é um elemento crítico na formação de preços. A intensificação da valorização do real cria um problema para a competitividade dos produtos nacionais em relação aos similares estrangeiros — disse o economista.
Apenas no ano de 2008, o dólar acumula uma desvalorização de 4,34% ante o real. Segundo os dados da CNI, o setor de máquinas e equipamentos ainda está entre os três que mais cresceram em janeiro na comparação com mesmo mês 2007.
O economista da CNI Paulo Moll destacou que os dados ainda mostram que há uma complementaridade entre os produtos nacionais e os importados, mesmo com câmbio desfavorável.
— A demanda interna está sendo atendida
tanto por produto nacional quanto por importados — afirmou. Moll fez a ressalva que, ao importar equipamentos, a indústria está promovendo uma renovação tecnológica e reduzindo o custo da produção.
O economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que os indicadores industriais de fevereiro podem ser "um pouco menos intenso" que os de janeiro.
Segundo ele, os dados de janeiro estão influenciados pela recomposição dos estoques do comércio, que estava baixo em função das vendas de final de ano. As taxas de crescimento dos indicadores industriais registraram o melhor mês de janeiro dos últimos três anos. Porém, para Castelo Branco, "fevereiro pode ser um pouco menos intenso, mas isso não significará um retrocesso". Os dados de fevereiro serão divulgados no dia 3 de abril.
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