| 11/03/2008 14h24min
As remessas dos emigrantes latino-americanos a seus países aumentaram 7% em 2007, para US$ 66,5 bilhões, mas é a primeira vez em sete anos que o aumento é menor do que 10%, com a queda de envios ao Brasil, informou nesta terça-feira o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A contração é devido, "majoritariamente", a uma queda nos envios também ao México, já que, junto com o Brasil, esse é um dos principais destinatários de remessas. As transferências de dinheiro ao Brasil caíram em 4%, para cerca de US$ 7,1 bilhões.
As remessas ao México cresceram apenas 1%, para US$ 24 bilhões. Segundo Donald Terry, gerente do Fundo Multilateral de Investimentos (Fomin) do BID, a desaceleração dos fluxos de remessas para esses dois países se deve a diversas causas. No caso brasileiro, os incentivos para enviar dinheiro a partir dos Estados Unidos caíram para os emigrantes brasileiros, devido às crescentes oportunidades econômicas em seu país de origem e ao fortalecimento do real frente à moeda
americana. O
BID lembrou hoje que a moeda americana se valorizou 24% frente ao dólar nos últimos 12 meses.
Terry explicou que, no caso do México, os emigrantes estariam menos dispostos a enviar dinheiro a seu país, devido ao temor da aplicação mais estrita das leis de imigração e da fragilidade da economia americana. Enquanto isso, as remessas à América Central aumentaram 11% no ano passado, para US$ 12,4 bilhões, e as transferências aos países andinos aumentaram 5%, para cerca de US$ 11,6 bilhões. Quanto ao Cone Sul, os envios de dinheiro à Argentina alcançaram no ano passado os US$ 920 milhões, ao Chile, US$ 850 milhões, ao Uruguai, US$ 125 milhões e ao Paraguai, US$ 700 milhões.
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