O dólar à vista abriu em alta de 1,01% nesta sexta-feira, cotado a R$ 1,696 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Ontem, a moeda americana fechou em alta de 0,54%,a R$ 1,679. Hoje é dia de divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos e os temores de que os números sejam ruins estressam as bolsas internacionais nesta manhã. Colaboram também receios, surgidos na Europa, de que os problemas do sistema financeiro possam atingir os fundos de investimento.

As quedas são fortes nos índices acionários europeus e o dólar vive mais uma rodada de desvalorização ante as demais moedas. Por volta das 9h, as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt recuavam mais de 1%. O euro, que já atingiu nova máxima histórica durante a sessão de hoje, a US$ 1,5433, mantinha o viés de alta, no mesmo horário.

Os analistas avaliam que um relatório ruim sobre as condições do mercado de trabalho americano em fevereiro poderá fazer o banco central dos EUA(Fed) reduzir a taxa de juros antes mesmo de sua próxima reunião, marcada para o próximo dia 18. Para o dado de hoje, espera-se estabilidade no número de postos de trabalho. A perspectiva de que os juros dos americanos reduzam, ao mesmo tempo em que por aqui se espera que a Selic siga estável ou até seja elevada, aumenta a estimativa de entrada de recursos e tende a pressionar as cotações do dólar para baixo.