| 06/03/2008 16h15min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta quinta-feira que não espera que os combustíveis derivados de petróleo fiquem mais caros no mercado interno, a curto prazo, apesar das recentes altas do preço internacional do barril, que atingiu nos últimos dias máximas históricas. Em reunião com jornalistas em Londres (Inglaterra), porém, Gabrielli indicou que a longo prazo a companhia ajustará os preços dos produtos petrolíferos para adaptá-los à tendência mundial.
O último ajuste nos preços de derivados do petróleo no Brasil aconteceu em setembro de 2005. O presidente da Petrobras observou que dois fatores influem atualmente no preço dos produtos petrolíferos: a apreciação do real frente ao dólar e o fato de o combustível brasileiro conter apenas 49% de produto petrolífero, e o restante de biocombustíveis, como o etanol.
Gabrielli afirmou que os consumidores brasileiros estão "realmente protegidos" diante das altas bruscas no preço internacional do
barril do petróleo. Quanto
à situação atual do petróleo, que tem batidos sucessivos recordes no preço, o dirigente indicou que não há argumentos racionais que permitam prever se o preço subirá ou cairá drasticamente em um futuro próximo.
O presidente da estatal declarou que o petróleo encontra-se imerso em um ambiente de alta volatilidade. Ele descartou, porém, que isso seja ocasionado pela estrutura do mercado, destacando haver reservas suficientes, assim como capacidade de produção. Por isso, atribuiu a volatilidade dos preços a fatores relacionados com a depreciação do dólar, que aumenta a demanda de países cujas moedas estão fortalecidas, à crise creditícia e a questões geopolíticas.
Recordes
O petróleo Brent, de referência na Europa, registrou hoje novo recorde no mercado de futuros de Londres, ao ser negociado a US$ 102,95, estimulado pelos temores de uma escassez de oferta depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
decidiu manter suas cotas de produção. Também o
Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) bateu hoje nova máxima, sendo cotado a US$ 105,97 por barril.
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