Confiança é tudo. No início do ano, o zagueiro Pereira estava na lista de possíveis dispensados do Grêmio. Um mês depois, era titular. Dois meses depois, recebe elogios do técnico Celso Roth e pode continuar no time, mesmo com a concorrência de Jean, trazido do Exterior. Seguro de si, o jogador diz o que pensa da disputa:

— Acredito que nome não escala ninguém, hoje em dia. Nome por nome, todo mundo já jogou, todo mundo já rodou. É momento, quem estiver melhor. Eu estou jogando há mais tempo, já estou com uma seqüência legal, e o Jean chegou um pouco depois. O importante é que o grupo é forte, está bem servido de jogadores qualificados em todas as posições.

A zaga é a única dúvida de Roth para o jogo de domingo, contra o Novo Hamburgo. Roth disse que o companheiro de Leo será definido nos testes que pretende fazer ao longo da semana, mas elogiou muito Pereira. Segundo o técnico, o zagueiro era dispensável e agora é indispensável.

Sobre a volta por cima e sua relação com o clube, Pereira usou parte da entrevista, na manhã desta terça, para uma espécie de desabafo:

— O futebol é muito dinâmico. Eu sempre tive tranqüilidade. Na fase boa, nunca fiquei muito eufórico e, na fase ruim, nunca me abati ao extremo. Sempre mantendo o equilíbrio, sabendo que quando eu tivesse uma seqüência de jogos, mostraria meu valor. Não cheguei aqui por acaso, não caí de pára-quedas. (...) A torcida do Grêmio sempre me acolheu com carinho, até por tudo que nós passamos aqui. Cheguei em 2005, a situação do clube não estava boa, e o torcedor tem isso em mente.