| 03/03/2008 19h04min
Nesta terça-feira, Avaí e Criciúma concentram as suas energias para uma batalha fora das quatro linhas. Os clubes serão julgados pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), em Balneário Camboriú, pelos incidentes ocorridos na partida da rodada final do turno do Campeonato Catarinense. Como há outros julgamentos na pauta da 4ª Comissão Disciplinar do TJD, o relator e autor da denúncia contra Avaí e Criciúma, Valdir Zanella, pedirá preferência para o julgamento ter início às 18h30min.
Tanto o Leão quanto o Tigre estão inclusos no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) — que versa sobre a segurança nas praças esportivas — e poderão ser punidos com perda do mando de campo (uma a 10 partidas) e multa (de R$ 10 mil a R$ 200 mil).
Bomba e confusão
Avaí e Criciúma serão julgados pelos incidentes no jogo do último dia 24 de fevereiro, no estádio Heriberto Hülse. Na partida em
questão, uma bomba explodiu na arquibancada do Tigre,
ferindo o aposentado Ivo Costa, que precisou amputar a mão direita. Três pessoas que estavam na torcida do Avaí foram presas como suspeitas pelo crime. Depois da partida, houve confusão entre torcedores e a polícia nos arredores do Heriberto Hülse.
Leão fundamentará defesa na ação da polícia
A defesa do Avaí terá como base a ação da polícia, que prendeu no começo da semana passada os três suspeitos pelo arremesso da bomba em Criciúma.
— Isto (ação da polícia) pode ajudar o Avaí. O objetivo é esse, mostrar que o Avaí tomou todas as precauções, trabalhou neste sentido, como trabalha dentro da Ressacada e em jogos fora de casa. O clube tomou as precauções necessárias e devidas, dando subsídios para que a PM e outros órgãos possam reprimir com a ajuda do Avaí — afirmou o advogado Sandro Barreto, em entrevista ao repórter Helton Luiz, da CBN/Diário.
Barreto está confiante em sua defesa. Tanto que
afirmou não trabalhar com a possibilidade de um resultado negativo
no julgamento desta terça-feira:
— Eu não trabalho com essa hipótese. Existe o artigo que estabelece uma multa e a perda de campo, mas eu não trabalho com essa hipótese e nem quero pensar nela.
E não é só o clube da Ressacada que será julgado nesta terça-feira. O volante Batista também estará no banco dos réus. Ele foi enquadrado no artigo 254 do CBJD (jogada violenta) e poderá pegar até seis jogos de gancho. Batista responderá pela expulsão no jogo diante do Criciúma.
Técnico do Tigre é acusado de tentativa de agressão
Na véspera do jogo decisivo do Criciúma pela Copa do Brasil, o técnico Leandro Machado e os jogadores Basílio e Wescley também terão que se defender. O diretor jurídico do Criciúma, Sandro Luís dos Santos, disse que a situação envolvendo o Tigre no tumulto originado pelo arremesso da bomba no torcedor já está esclarecida, o que deve facilitar a absolvição do
clube.
Para o advogado, as situações mais complicadas envolvem o técnico
Leandro Machado e o zagueiro Wescley. Machado foi expulso na partida contra o Avaí e acusado, em súmula, de tentativa de agressão ao assistente do árbitro Wágner Tardelli. Machado pode pegar uma suspensão que varia de 30 a 720 dias.
Já o Wescley será julgado por agredir um gandula na partida contra o Guarani de Palhoça, disputado no dia 20 de fevereiro. O zagueiro pode ser punido com suspensão de 120 a 540 dias. A situação de Basílio é considerada mais confortável. O volante será julgado pela expulsão no jogo contra o Guarani.
Matéria atualizada às 20h45min.
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