A Bolsa de Valores de São Paulo abandonou brevemente o terreno positivo, depois de subir 0,78% nesta quinta-feira e retomar seu nível recorde de fechamento, registrado em dezembro. Minutos depois, porém, voltou a registrar leve alta, influenciada pelos ganhos das ações da Vale.

A redução da alta da Bolsa neste início de tarde é reflexo da piora dos mercados acionários americanos, afetados negativamente pelas respostas do presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, a perguntas de senadores de seu país.

Às 14h28min, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, subia 0,14%, aos 65.584 pontos. Em Nova York, o Dow Jones cedia 1,03% e o Nasdaq e o S&P-500 recuavam 0,97%.

As ações aprofundaram as perdas do dia em Wall Street depois que Bernanke afirmou no Senado americano que, por causa da crise de crédito por que passam os Estados Unidos, alguns bancos provavelmente entrarão em colapso. Ele ressalvou, porém, que não prevê grandes problemas com os maiores bancos do país.

Antes disso, as Bolsas de Nova York já apresentavam queda em relação ao nível do fim do pregão de ontem, por causa da decepção dos investidores com a manutenção, pelo Departamento do Comércio americano, de estimativa de crescimento do PIB dos EUA do quarto trimestre em 0,6%. Analistas previam revisão da estimativa para uma expansão de 0,6%.

A leve alta do Ibovespa é garantida pela valorização das ações PNA da Vale. Os papéis, que ocupam o segundo lugar em peso na carteira teórica do índice (atrás de Petrobras PN), avançavam 1,64% no horário citado.

Segundo o jornal britânico Financial Times, a tentativa da Vale de comprar a mineradora anglo-suíça Xstrata está perto de fracassar. O negócio não agradava os investidores, que temiam uma alta no endividamento da mineradora brasileira.