A expectativa de que uma ajuda para a problemática seguradora de bônus americana Ambac será anunciada no início da próxima semana deu fim à indecisão que pautava os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na tarde desta sexta-feira. As bolsas nova-iorquinas inverteram o sinal e fizeram a paulista encerrar o dia em alta superior a 1%, finalmente zerando as perdas acumuladas em 2008.

O Ibovespa, principal índice, enfim, recuperou o patamar de 64 mil pontos no fechamento, ao subir 1,28%, na máxima do dia, aos 64.608,8 pontos. A última vez em que fechou neste nível foi em 26 de dezembro (64.288,3 pontos). Na mínima, o índice atingiu 63,36 mil pontos (-0,68%). No mês, a Bovespa acumula alta de 8,6% e, em 2008, passou a ter elevação de 1,13%. Na semana, a bolsa subiu 5,44%. O volume financeiro totalizou R$ 5,26 bilhões.

Em Wall Street, o Dow Jones e o S&P subiram, cada, 0,79%. O Nasdaq ganhou 0,16%. Os investidores gostaram da notícia de que uma ajuda à Ambac deve ser anunciada já na próxima semana. Ao longo da sessão, as ações do setor financeiro caíam com os temores de rebaixamento das notas de classificação de risco de crédito (ratings) da seguradora MBIA e da Ambac e com o banco Merrill Lynch rebaixando sua recomendação para as ações das financiadoras de hipotecas Fannie Mae e do Freddie Mac.

No Brasil, os papéis da Petrobras fecharam em sentidos diferentes. As ações ON caíram 0,3% e as PN subiram 0,35%. A produção menor do que o previsto anunciada pela empresa nesta semana é apontada pelos especialistas como a justificativa para as ações da estatal não estarem acompanhando mais de perto a alta do petróleo no exterior. O contrato da commodity para abril negociado em Nova York subiu hoje 0,59%, para US$ 98,81 por barril. Em Londres, o petróleo Brent, de referência na Europa, fechou cotado a US$ 97,01.