| 13/02/2008 14h43min
A pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Projeções e Expectativas de Mercado de fevereiro apontou que ocorreu uma ligeira redução das projeções de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, de 4,58% para 4,52%. A previsão embute também uma desaceleração em relação a 2007: para o PIB do ano passado, ainda não divulgado oficialmente, as expectativas dos 43 bancos ouvidos indicam crescimento 5,12%. As estimativas para a produção industrial de 2008 também apresentaram uma pequena queda, de 5,05% no levantamento anterior para 5,01%.
Os especialistas continuam, porém, esperando forte expansão da formação bruta de capital fixo (uma medida de investimentos produtivos), pois, na pesquisa de dezembro, avaliavam que o indicador subiria 10,27% em 2008 e agora estimam que deve crescer um patamar muito próximo de 10,24%.
Entre as preocupação dos analistas relativas à dinâmica da economia brasileira para 2008, alguns fatores poderão levá-los a alterar suas projeções
macroeconômicas, tais
como a pressão dos preços (para 75% dos entrevistados) e o aquecimento excessivo do mercado doméstico (como ponderam 55,6%).
No câmbio, não houve mudanças expressivas das projeções. Os analistas dos bancos aguardam agora uma taxa de R$ 1,81 por dólar no fim do ano, contra cotação de R$ 1,84 prevista no levantamento anterior.
Balança comercial
A perspectiva de crescimento mais acelerado das importações em relação à velocidade de expansão das exportações e a preocupação com o desempenho dos preços dos produtos básicos levaram os economistas dos bancos ouvidos pela Febraban a reduzir a projeção do saldo comercial deste ano de US$ 31,145 bilhões para US$ 28,69 bilhões.
Tal fator foi importante para uma revisão considerável do saldo do déficit de transações correntes para este ano, que aumentou de US$ 680 milhões para US$ 6,3 bilhões. Os especialistas, contudo, estão um pouco mais otimistas com o ingresso
de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no país em 2008,
pois as estimativas subiram de US$ 26,45 bilhões para US$ 27,71 bilhões.
Superávit primário
Para o resultado das contas públicas em 2008, os especialistas elevaram a projeção do superávit primário de 3,52% para 3,58%, o que ajuda a reduzir o tamanho da dívida líquida do setor público em relação ao PIB, pois tal estimativa caiu de 41,91% para 41,61%. Os especialistas aguardam um ligeiro aumento do déficit nominal para este ano, que deve subir , segundo suas projeções, de 1,58% para 1,77%.
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