| 04/02/2008 16h01min
A classe Finn será uma das mais equilibradas da Seletiva Brasil de Vela, que definirá a equipe nacional para os Jogos de Pequim a partir de sexta-feira, no Rio de Janeiro. Pelo menos seis velejadores vão brigar pela única vaga do país. Além do Finn, a seletiva apontará representantes de outras cinco classes – Star, 470 (feminino) e RS:X (masculino e feminino), de sexta-feira ao dia 15, e de Laser Standard, de 22 a 29 deste mês, também no Iate Clube do Rio de Janeiro. As informações são do site GloboEsporte.com.
Um dos favoritos é o gaúcho Henry Boening, o Maguila, que em janeiro conquistou o título do Campeonato Brasileiro da categoria, na Baía de Guanabara, no Rio. Aos 24 anos, o velejador compete desde 2002 também como proeiro de Star. No último 7º. Distrito, também disputado no Rio, Maguila terminou em terceiro lugar no barco comandado por Alessandro Pascolato. Na competição, Robert Scheidt e Bruno Prada foram os campeões, seguidos de Lars Grael e Marcelo Jordão.
Depois de começar a carreira no Jangadeiros, em Porto Alegre, Henry Boening veleja há três anos pelo Iate Clube do Rio de Janeiro. Com a recente experiência, o atleta prevê muitas dificuldades na Seletiva Brasil.
– As condições da raia serão, certamente, muito difíceis, o que complicará a vida de todos os participantes. Tivemos uma amostra das dificuldades no Brasileiro, quando algumas regatas foram canceladas por falta de condições. Além disso, o Finn tem diversos velejadores de alto nível e a seletiva será mais difícil do que o Campeonato Brasileiro – afirmou.
Se depender dos atletas mais experientes, Maguila não pode comemorar a vaga antes da hora. Jorge Zarif, aos 50 anos, está muito entusiasmado para competir. Oito vezes campeão brasileiro e atleta olímpico em Los Angeles, em 1984, e Seul, em 1988, Zarif ficou em terceiro lugar em janeiro, atrás de Maguila e Fábio Bodra, que também está confirmado na seletiva.
– Minha vida é um projeto olímpico, não apenas no sentido esportivo, mas como referência para agir e buscar melhorar e evoluir sempre – disse Zarif, que está treinando todos os dias na Baía de Guanabara.
Bicampeão olímpico
Outra atração da classe será o bicampeão olímpico Marcelo Ferreira, que pegou emprestado o barco de Joca Signorini para disputar a seletiva. Proeiro do multicampeão Torben Grael, que deixou momentaneamente a vela olímpica para comandar o Ericsson na Ocean Race, Marcelo sabe que não tem muitas chances.
– Após 20 anos como proeiro resolvi velejar um pouquinho no leme. Escolhi a Finn porque é a única em que posso competir – declarou o atleta de 42 anos, referindo-se aos seus 112 quilos.
Cerca de 15 barcos de Finn são esperados na Seletiva Brasil. Além de Maguila, Zarif, Bodra e Marcelo Ferreira, são destaques também Eduardo Magriça Couto e Cesar Gomes.
A programação do evento prevê 14 regatas, com dois descartes a partir da 11ª. Na sexta-feira, além de inscrições, medições e pesagem dos tripulantes do Star, estão previstas regatas-treino. A partir de sábado, começam as regatas oficiais, com largadas a partir do meio-dia. O mesmo esquema ocorrerá na disputa do Laser.
Duas classes já têm seus representantes definidos para os Jogos: 49er - André Fonseca e Rodrigo Duarte, classificados no Campeonato Mundial de Sorrento, e 470 - Fabio Pillar e Samuel Albrecht, garantidos no Mundial de Port Phillips, ambos na Austrália em janeiro.
A equipe brasileira ainda pode ganhar representantes no Tornado e no Laser Radial (feminino), dependendo da atuação dos velejadores nos Mundiais de Auckland, na Nova Zelândia – Tornado de 22 de fevereiro a 1 de março e Laser Radial de 13 a 20 de março.
Fabio Pillar e Samuel Albrecht já estão garantidos em Pequim
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