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 | 29/01/2008 22h02min

Câmara de Representantes aprova pacote de Bush

Plano de estímulo econômico foi aceito após breve debate, sem grandes desacordos

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira um plano de estímulo econômico de US$ 146 bilhões, com consentimento do presidente George W. Bush, para ajudar a classe média e o empresariado do país. Os legisladores aprovaram o plano — por 385 votos a favor e 35 contra — após um breve debate, sem grandes desacordos.

Após a votação, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que representou a Casa Branca nas negociações com a Câmara Baixa, disse que o plano contribuirá para a criação de mais de meio milhão de empregos antes do fim do ano. O plano de auxílio, que pretende resgatar milhões de famílias do abismo financeiro, enfrenta impedimentos para conseguir o sinal verde do Senado, onde os legisladores exigem mais ajudas para os desempregados e para os idosos.

Em ano eleitoral, tanto os líderes do Congresso quanto Bush encontraram, finalmente, uma medida consensual na qual, diante da incerteza econômica, as disputas são apenas de caráter superficial. O governo Bush elogia "a ação rápida, decisiva e bipartidária da Câmara de Representantes de melhorar o prognóstico econômico do país no curto prazo", afirmou o Escritório para a Gestão e Orçamento da Casa Branca.

Por meio desse plano de estímulo, ambos os poderes responderão à temida recessão nacional, ao aumento nas execuções imobiliárias, à queda nas vendas de casas, ao aumento dos preços de combustíveis e às altas no custo de vida. A versão do plano aprovada pela Câmara Baixa, cujo valor final foi um pouco menor do que os US$ 150 bilhões pedidos por Bush, autorizará o recebimento de US$ 600 a US$ 1,2 mil para a maioria dos trabalhadores, dependendo de sua renda anual. Os casais com filhos poderiam receber outros US$ 600 adicionais, até atingirem o valor de US$ 1,8 mil.

O democrata Max Baucus, presidente do Comitê de Finanças do Senado, deve submeter sua própria versão da iniciativa a um processo de votação amanhã. Seu plano, de cerca de US$ 156 bilhões, prevê devoluções de impostos de US$ 500 a US$ 1 mil para um grupo maior de famílias e inclui mais ajudas aos desempregados e aos 20 milhões de idosos que dependem exclusivamente de suas aposentadorias para sobreviver. Vários senadores republicanos apóiam a expansão dos benefícios aos desempregados, especialmente nos estados mais atingidos pela contração econômica.

EFE
 
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