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 | 28/01/2008 07h40min

Société Général não precisa se fundir com outro banco, diz governo

Fraude atribuída a um dos operadores da empresa causou à entidade 4,9 bilhões de euros

A ministra de Economia francesa, Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira que apesar dos problemas do Société Générale devido à enorme fraude da qual diz ter sido vítima, é um dos maiores bancos franceses e não precisa se fundir com nenhuma outra entidade do país.

— O Société Générale não é obrigado a se integrar em qualquer outra entidade financeira. Estamos falando do segundo maior banco francês — ressaltou, em entrevista à rede de televisão France 2.

Christine pediu que se evite abordar a questão do enfraquecimento da entidade financeira pela fraude porque há outras instituições estrangeiras que "gostariam de lançar o opróbrio" sobre a França. Ela afirmou que, de acordo com os dados divulgados, por enquanto "não tenho dúvida de que o banco fez o que tinha que fazer de acordo com a regulamentação" quando descobriu, há 10 dias, a fraude atribuída a um dos operadores das bolsas de valores do Société Générale, Jérôme Kerviel, e que custou à entidade 4,9 bilhões de euros.

Se o Société Générale vendeu as posições de cerca de 50 bilhões de euros tomadas por Kerviel entre segunda-feira e quarta-feira da semana passada "é porque tinha que fazê-lo", assinalou Christine. Ela lembrou que antes de fazer essas operações, tinha advertido ao Banco da França e à Autoridade dos Mercados Financeiros.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, encomendou ao responsável de Economia um relatório sobre este episódio. O documento deverá responder a quatro questões: como ocorreu a fraude, por que os controles não funcionaram, de que maneira esses controles terão que melhorar e se o Société Générale respeitou a regulamentação da bolsa e bancária.

Christine afirmou que os bancos não teriam que esquecer os "controles de base" sobre seus operadores, como saber se vão sair de férias ou se estão fisicamente presentes na sala de mercados quando fazem uma transação. Kerviel, que está detido desde sábado na brigada financeira de Paris para ser interrogado pelos policiais, praticamente não tinha tirado férias nos últimos tempos.

EFE
EFE / 

O detido se encontra "psicologicamente bem" e está cooperando com os investigadores
Foto:  EFE


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