A poucas horas da estréia do Inter, quem chega ao estádio Al Wasl pode imaginar que falta uma semana para os jogos da Dubai Cup. Para se ter idéia, uma máquina percorre o campo de um gol a outro para ajeitar a grama. O gramado, por sinal, será um problema, somado ao vento forte que costuma soprar à noite, lembrando um pouco o "Nordestão" do litoral gaúcho. Não que o piso seja ruim. Mas é duro, bem diferente da grama macia dos bons campos brasileiros. E tem algumas falhas preenchidas com areia.

É que o ritmo dos árabes é lento. Por volta das 9h30min (horário de Brasília), as emissoras de rádio ainda não têm sinal da presença de técnicos para a instalação do equipamento de transmissão. Um jornalista entrou no estádio mostrando apenas a carteira de motorista. "Ah, Brazil, pode entrar", foi a reação do porteiro.

O estádio é pequeno, para 7 mil pessoas. Por sobre o único anel de arquibancadas, pode-se ver algumas das milhares de palmeiras plantadas em Dubai, o que confere um ambiente praiano ao lugar. Lembra o estádio da Ulbra, mas com uma diferença: a sofisticação. O corrimão que cerca a área vip é dourado, simulando ouro. No estacionamento, chama a atenção os carrões dos jogadores do Al Wasl, com direito a uma Ferrari.

Enquanto o pessoal da organização cola os cartazes da Dubai Cup nas casamatas, um grupo de 30 seguranças, todos de preto, vai conferindo os pontos de entrada e saída. O objetivo maior é proteger o xeque Mohammed Bin Rashid, administrador de Dubai e primeiro-ministro dos Emirados Árabes. O roteiro dele jamais é divulgado, mas sua presença é esperada para os dois jogos, tanto o do Inter contra o Stuttgart quanto o da Inter, de Milão, diante do Ajax.

O deslocamento do Inter, do Dusit Hotel para o campo, está marcado para as 10h30min (de Brasília). O time está confirmado, com Renan; Wellington Monteiro, Índio, Orozco e Marcão; Maycon, Magrão, Alex e Guiñazu; Nilmar e Fernandão. Se houver empate no tempo normal, a decisão vai para os pênaltis.

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