Os jogadores do Juventude se reapresentaram nesta quarta-feira, e o tom do técnico Edson Gaúcho não deixou dúvidas dos objetivos do time da Serra em 2008. O técnico foi incisivo, como sempre, pregando disciplina, respeito, união, profissionalismo. Palavras fortes disparadas em alto e bom som do vestiário do Estádio Alfredo Jaconi aberto para a imprensa:

— Passado é passado. Já caímos e agora temos que pensar para a frente. E cada um tem que fazer a sua parte neste momento — pregou o treinador, que tem na motivação uma das suas principais características.

Mesmo que o grande objetivo do ano do Juventude seja o retorno para a Série A do Brasileirão, Edson Gaúcho prefere pensar por etapas:

— Primeiro, temos o Gauchão e a Copa do Brasil. O Brasileiro é uma outra etapa. Não adianta atropelar as coisas.

Em meio aos jogadores que se reapresentaram na tarde de hoje, muitos garotos da base, que serão aproveitados pelo treinador. A idéia é fechar o grupo com 15 ou 16 profissionais, e completá-lo com aproximadamente 13 atletas das categorias inferiores do clube.

Terminado o discurso, Edson deu voz à experiência. Chamou o volante Lauro, os goleiros André e Michel Alves e o zagueiro Nunes, alguns dos poucos remanescentes da trágica campanha do rebaixamento no Brasileirão de 2007 e os mais tarimbados do grupo, para passarem uma mensagem aos mais jovens.

— Aqui é um lugar excelente para se trabalhar. Se cada um de nós tiver claros os objetivos, vamos atingi-los. Mas temos que estar sempre dispostos a pagar o preço — destacou o volante Lauro, 34 anos, com a concordância de André, 35, cuja permanência ainda é incerta.

Para encerrar, fechou-se uma corrente entre jogadores, comissão técnica e direção no vestiário, na qual Edson, mais uma vez, explicitou ao grupo como pretende trabalhar o vestiário papo:

— Independentemente de raça ou credo, aqui, a nossa religião é o Juventude — finalizou, antes de puxar um Pai Nosso e uma Ave Maria.