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 | 29/12/2007 18h22min

Governo paquistanês espera anúncio do PPP para decidir se adiará eleições

Cúpula do partido faz no domingo sua primeira reunião desde a morte de Benazir Bhutto

O governo paquistanês espera a definição do caminho a ser seguido pelo Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra assassinada Benazir Bhutto, que no domingo divulgará seu testamento político, para decidir se adia as eleições de 8 de janeiro.

A cúpula do partido realiza no domingo em Larkana (Sindh) sua primeira reunião desde a morte de Bhutto. O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disse que só falta a legenda definir se participará do pleito, pois o general já conversou com os dois líderes da governista Liga Muçulmana do Paquistão-Q (PML-Q), que pediram que a data prevista fosse mantida.

De acordo com fontes citadas pelas emissoras de televisão paquistanesas, o chefe de Estado do país disse que ainda é preciso conversar com outros partidos. Amanhã, o viúvo da ex-primeira-ministra, Asif Ali Zardari, anunciou que lerá as "instruções" que a opositora deixou ao partido antes de morrer.

A primeira reação oficial do PPP pode ajudar a acalmar os ânimos de seus seguidores, enquanto continuam os confrontos que já mataram 38 pessoas, segundo estimativas oficiais.

O governo prefere interpretar os protestos como a ação de "malfeitores", e não como manifestações organizadas pelo PPP.

O Executivo paquistanês deixou evidente sua intenção de adiar o pleito, através da Comissão Eleitoral — que indicou que a ocasião não seria favorável — e de "sugestões" como a do secretário-geral da PML-Q, Mushahid Hussain Syed, que disse que era necessário esperar 40 dias para acabar o mês sagrado do Muharram.

O prazo coincide com os dias de luto declarados pelo PPP pela morte de Benazir e com o mês em que os xiitas — como a ex-primeira-ministra — lembram o "martírio" do neto de Maomé.

O PPP passa por um momento difícil, sem um substituto claro após a perda de uma líder carismática, sua presidente há décadas, em um país no qual o voto leva mais em consideração as pessoas que os partidos.

EFE
 
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