O técnico Vagner Mancini foi apresentado durante a tarde desta quarta, no Estádio Olímpico, e teve de responder a uma pergunta sobre um velho hábito de seu antecessor: os treinos fechados. O novo comandante do time tricolor não rejeita a idéia, mas também não se mostra um adepto de tornar restrito o acesso de imprensa e torcida às atividades do grupo de jogadores. A tendência inicial é que esse tipo de expediente se torne eventual no Grêmio em 2008.

– Não é uma tendência. Em alguns momentos, lá em Jundiaí, eu usei essa tática. Isso é importante a partir do instante que você não quer divulgar sua equipe. O mistério também faz parte do jogo, mas lógico que não toda a semana, não sempre. Acho válido, mas o que eu fiz ontem pode não ser o melhor amanhã – pondera Mancini, lembrando que se valeu do treino secreto quando comandava o Paulista.

Para os jogadores que permanecerem no Olímpico e para os que serão contratados para a próxima temporada, o treinador já avisou que vai cobrar muito dos atletas, revelando um perfil disciplinador, mas comedido:

– Tem hora para tudo. Tem hora de passar a mão na cabeça dos jogadores, em outras é preciso ser rígido, exigente. Eu cobro muita disciplina dos jogadores. No momento em que o atleta veste o uniforme do clube, ele tem que mostrar o máximo de empenho. E hoje em dia no futebol o 100% já não é mais o suficiente, os atletas precisam dar mais de si. Acho que dentro do que eu entendo de futebol, o ideal é dentro dessa linha – afirmou.

Depois de uma experiência de sete meses no futebol dos Emirados Árabes, no comando do time do Al-Nassr, Vagner Mancini considerou que assumir o Grêmio é o grande momento da carreira:

– O Grêmio é uma equipe de ponta, tive a felicidade de também vestir essa camisa, por isso eu sei do que eu estou falando. E por acreditar em tudo isso, na instituição e nas pessoas da diretoria que fazem o dia a dia do clube foi o que pesou para que eu aceitasse – finalizou.