| 07/12/2007 05h19min
Aos poucos, o Grêmio vai rompendo os últimos vínculos com a Batalha dos Aflitos, disputada dia 26 de novembro de 2005. Na próxima semana, o goleiro Galatto, o lateral-direito Patrício e o volante Sandro Goiano, três dos cinco remanescentes, serão avisados de que estão fora dos planos para 2008.
Também presentes no jogo épico contra o Náutico, que marcou a volta à Série A, o zagueiro Pereira e o volante Nunes manterão o vínculo com o clube, mas serão emprestados.
A direção trata os casos com cuidado. Como prova de gratidão, o assessor de futebol Paulo Pelaipe evita dizer que Galatto, Patrício e Sandro Goiano deixaram de preencher as necessidades do time. Mas eles não estarão no grupo que trabalhará com o técnico Vagner Mancini.
Sandro poderá atuar no Corinthians de Mano Menezes em 2008, conforme especula a imprensa paulista. Daria ao clube paulista, rebaixado no domingo, a mesma experiência que foi decisiva para o retorno do Grêmio à primeira
divisão.
Passando férias em
Pirinópolis, a 110 quilômetros de Goiânia, o ex-capitão admite que "alguns negócios estão aparecendo". Seu desejo, contudo, é renovar com o Grêmio. O contrato atual se encerra dia 31 de dezembro.
— Queria dar mais ao Grêmio. Mas não depende só de mim — diz.
Seja qual for seu destino, a Batalha dos Aflitos já está registrada como o principal momento de sua carreira. Ainda hoje, torcedores com quem encontra pelas ruas lhe pedem detalhes dos momentos decisivos do jogo.
— Morro e não vou esquecer aquilo. Vou contar aos netos. Se não acreditarem, mostro o DVD — sorri Sandro.
Galatto ingressou na história ao defender o pênalti cobrado por Ademar minutos antes de Anderson marcar o gol da vitória. Uma grave lesão na cabeça, sofrida no Gauchão de 2006, atrapalhou a sua carreira. Sob desconfiança da torcida, perdeu a posição para Marcelo Grohe. Seu espaço ficou menor com a chegada de Saja.
— Joguei oito ou nove
partidas. Ao menos, aproveitei as viagens para ganhar cultura — diz
Galatto, 11 anos de Grêmio, acreditando que a troca de técnico possa favorecê-lo.
Ao defender pênalti contra o Náutico, Gallatto se tornou um dos heróis no histórico jogo em Recife
Foto:
Ricardo Duarte
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Agência RBS
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