| 26/11/2007 07h42min
Quando os alto-falantes do Beira-Rio anunciaram que o segundo gol de Fernandão na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras era o milésimo deste Brasileirão, a torcida ovacionou seu capitão. A expressão do camisa 9, no entanto, permaneceu inalterada. No final, ele preferiu enaltecer o desempenho do time e a boa perspectiva para 2008.
– Se fosse me vangloriar, seria com o Gol Mil em Gre-Nais, por ter conseguido, na minha estréia, colocar o nome na história de um clube onde grandes craques como Claudiomiro, Larry e outros atuaram – justifica.
Por mais que não queira, a cada dia que passa Fernandão caminha para garantir um lugar na galeria dos históricos do Inter. Não apenas pelos gols decisivos ou pelos títulos conquistados. Desde aquela tarde de 10 de julho de 2004, seu primeiro jogo pelo Inter, os colorados o transformaram em um ídolo. A contrapartida vem na mesma medida:
– Foi meu destino vestir a camisa do Inter.
A identificação é tamanha que Fernandão nem pensa mais em deixar Porto Alegre. Não tem mais sonhos com o futebol europeu. Claro, em caso de uma proposta financeiramente irrecusável, ele admite sem hipocrisia que estaria aberto a negociações. Caso contrário, assim como vai fazer o goleiro Clemer, fixará residência na Capital quando parar de jogar,
– Minha família adora a cidade, está adaptada. Eu gosto e respeito todos os profissionais que trabalham aqui, assim como eles me respeitam. Sou muito feliz – garante.
A torcida também não poderia estar mais contente. Sem problemas físicos, o capitão voltou a apresentar o mesmo futebol que o consagrou. Mesmo afastado da equipe em boa parte do campeonato, Fernandão assumiu o posto de goleador do Inter na competição, ao lado de Adriano: oito gols cada. Na temporada, ele lidera a tabela, com 11 gols. Sabe, porém, que 2007 poderia ter sido muito melhor.
– As eliminações da forma como foram, na primeira fase do Gauchão e da Libertadores, não era o que planejávamos. Considero o ano positivo em relação à Recopa. É melhor do que nada – analisa.
Quanto à nova marca, Fernandão está despreocupado. Não irá procurar uma numeróloga para descobrir por que o número mil parece estar sempre relacionado ao seu nome. Mas tem certeza no que seguirá fazendo para manter acesa a paixão dos torcedores:
– Ter paz no coração para trabalhar cada vez mais. Tenho muita convicção no que faço. Nada vem de graça.
GUILHERME FISTER/ZERO HORAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.