Saja está inseguro quanto ao futuro. Com ruptura de um tendão do braço esquerdo, sofrida na derrota de 2 a 1 para o Figueirense, sábado, o goleiro argentino de 28 anos espera por duas providências do Grêmio.

Primeiro, Saja deseja que o clube marque logo a cirurgia. Depois, pede que defina com o San Lorenzo, da Argentina, os detalhes finais para sua permanência no Olímpico em 2008. Caso contrário, passará a analisar outras propostas, que diz já ter recebido. Duas delas seriam de clubes da Espanha.

– Quero fazer a cirurgia aqui. Confio no médico, nos fisioterapeutas, no hospital. Queria ser operado terça-feira, mas já sei que nada foi marcado. Talvez seja quarta-feira – afirma Saja.

O Grêmio aguarda a resposta de Rafael Savino, presidente do San Lorenzo, ao pedido de autorização para a cirurgia. O que não impede que o diretor de futebol Paulo Pelaipe anuncie o interesse na permanência do jogador. Um representante legal, cujo nome não é revelado, esteve na Argentina abrindo a negociação.

Os direitos federativos foram fixados em US$ 1,3 milhão (R$ 2,2 milhões). Saja confia em abatimento de US$ 300 mil (R$ 522 mil).

– No máximo, ele ficará fora de dois ou três jogos do Gauchão. Volta a tempo de estrear na Libertadores – acredita Pelaipe, convencido de que se classificará à competição.

Somente na segunda Saja deu detalhes sobre a lesão, ocorrida no início do segundo tempo ao interceptar cruzamento pelo alto. Até mesmo o diretor-médico Márcio Bolzoni mostrou-se surpreso com o fato de o goleiro ter suportado todo o segundo tempo.

– Nem no vestiário fez queixas. Saiu de campo, rezou com os demais jogadores e só quando ia embora revelou o problema. É um jogador com elevada tolerância à dor – diz Bolzoni.

Nem foi preciso fazer exame de ressonância magnética. Com um toque na região, o médico constatou o rompimento do tendão do cabo longo do bíceps braquial. Não chega a ser novidade. Saja machucou a região em maio, contra o Defensor, pela Libertadores. Feita a cirurgia, a parada será por três meses.