| 03/09/2007 11h28min
Não bastasse o fracasso da seleção masculina no Pré-Olímpico, o basquete do país corre agora o risco de ser suspenso pela Federação Internacional da categoria (Fiba) por não ter cumprido determinação da entidade com relação a seguro de jogadores.
O foco da polêmica é a pivô Alessandra, que jogou sem seguro no Mundial do ano passado em São Paulo e acabou afastada das quadras por três meses devido a uma luxação no ombro. A cobertura para esse tipo de situação é obrigação da confederação nacional.
Como o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Bosikis (o Grego), se recusou a providenciar qualquer tipo de indenização, a atleta decidiu processar a entidade e remeter a documentação à Fiba. A informação é do jornal Diário de S. Paulo.
– Entramos em contato por e-mail e o secretário-geral da Fiba, Patrick Bauman, solicitou que enviássemos um histórico do caso e cópias dos autos. A Fiba vê com péssimos olhos casos como esse – afirmou João Guilherme Maffia, advogado de Alessandra.
A jogadora diz que teve de recusar propostas de equipes da França e da Itália e bancou do próprio bolso as despesas com médicos e remédios. Por isso, cobra na Justiça uma indenização de R$ 550 mil, incluindo alegação de danos morais.
– Estirei tendão e nervos. Um dos remédios me levou a ter reações psicóticas. Sofri muito, e o Grego limitou-se a dizer que não poderia me oferecer nada, já que não havia seguro – conta – Peço desculpas à nação e às jogadoras, mas, se o Brasil for suspenso, é conseqüência da irresponsabilidade da CBB – completou a pivô, que voltou a jogar em janeiro pelo Kazan, da Rússia, com um salário 40% inferior ao contrato anterior.
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