O presidente Paulo Odone retorna de Buenos Aires somente na noite desta terça, devido ao mau tempo na capital argentina. Desta forma, a definição da situação política do Grêmio ficará adiada para esta quarta. A tendência é que o ex-governador Antônio Britto não aceite indicação para assumir a presidência. Existe a possibilidade de Odone permanecer no cargo e o vice-presidente Eduardo Antonini ser indicado para assumir a Grêmio Empreendimentos (GE).

A idéia de o ex-governador Antônio Britto assumir o clube foi duramente rejeitada por conselheiros oposicionistas, entre eles os ex-presidentes Flávio Obino, Hélio Dourado e Oly Fachin. Também insatisfeito, o vice-jurídico Carlos Josias ameaça renunciar caso o convite a Britto seja mantido.

Odone permaneceria na presidência até 1º de janeiro de 2008. Completado um ano de mandato, assumiria a Grêmio Empreendimentos, empresa que irá gerir a futura arena, passando a presidência para um dos vices, sem a necessidade de eleição.

Também é cogitada a indicação do empresário Sérgio Saraiva para comandar a empresa que gerenciará a construção da arena. Saraiva é um dos integrantes do conselho de administração da GE.

A idéia da constituição de uma chapa única para a renovação de metade do Conselho Deliberativo do Grêmio, em setembro, ganhou força. O "chapão", que diminuiria o risco de conselheiros oposicionistas perderem mandato no Conselho, seria uma das alternativas propostas por Odone para arrefecer a rejeição à indicação de Britto. Lideranças dos movimentos Grêmio Novo e Grêmio Independente, alinhados com a gestão de Odone, rechaçam a idéia.

– Não concordamos. Vamos lançar uma chapa, mesmo que sejamos derrotados. Não se trata de radicalismo e, sim, coerência – disse Homero Bellini Jr., do Grêmio Independente.

Sérgio Bombassaro, do Grêmio Novo, define como "lamentável" o lançamento de uma chapa única.

RÁDIO GAÚCHA E LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZH