| 07/06/2007 22h19min
O Boca Juniors será o adversário do Grêmio na final da Libertadores 2007. Sob forte neblina, o time argentino goleou o Cúcuta por 3 a 0 na noite desta quinta, na Bombonera, e reverteu a vantagem do time colombiano, que havia vencido o jogo de ida por 3 a 1. Riquelme, Palermo e Battaglia marcaram os gols para os xeneizes.
Os mais de 45 minutos de atraso em função da forte neblina que pairava sobre Buenos Aires não diminuíram o entusiasmo da fanática torcida do Boca. Tampouco o ímpeto dos jogadores. Desde o primeiro minuto, os comandados de Miguel Russo partiram para dentro do amedontrado Cúcuta.
Logos aos oito minutos, o goleiro Zapata salvou os colombianos com duas defesas milagrosas. Após falhar na bola levantada na área, ele se recuperou e defendeu um chute potente de Riquelme. A bola bateu no travessão e, no rebote, Palacio cabeceou à queima-roupa para outra defesa de puro reflexo de Zapata.
Aos 14 minutos, porém, os colombianos quase emudeceram a Bombonera. Em cobrança de falta na entrada da área, Bustos acertou o travessão de Caranta. Trinta minutos mais tarde, aos 44, Riquelme mostrou a ele como se faz. Com categoria, o craque argentino acertou a cobrança no ângulo esquerdo de Zapata. Um golaço;
Trajando a mítica camisa 10 que um dia foi de Maradona, Riquelme conduziu o Boca à goleada no segundo tempo. Aos três, fez boa triangulação com Ibarra e Palacio. Aos seis, deixou Cardozo na cara do gol. O volante driblou dois zagueiros e chutou no canto, marcando um golaço mal anulado pela arbitragem, que viu impedimento.
Mas depois de uma breve interrupção para que a neblina se dispersasse, o Boca patrolou. Aos 15 minutos, Del Castillo afastou mal um cruzamento da ponta esquerda e Palermo apareceu na segunda trave para cebecear para dentro. O mesmo atacante acertaria uma bicicleta no travessão, aos 23.
Desnorteado e sem ter chutado sequer uma bola no gol até então no segundo tempo, o estreante Cúcuta viu seu sonho de chegar a final da Libertadores ruir em aos 43 minutos. Riquelme cobrou escanteio da direita e Battaglia, completamente livre de marcação, cabeceou para as redes para liquidar a fatura.
Mais uma vez, ficou provado que camisa conta, e muito, quando se trata de Libertadores. E que isso o Boca Juniors tem de sobra. Quase eliminado na primeira fase, o time argentino cresceu quando começou o mata-mata. Comprovou sua fama de copeiro e agora terá pela frente o não menos copeiro Grêmio. Certeza de um duelo histórico.
MÁRCIO LUIZ
marcio.luiz@rbsonline.com.br
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