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 | 18/05/2007 22h49min

PF investiga parlamentares que teriam envolvimento em licitações fraudadas

Lista com nomes foi encontrada em escritório da empresa Gautama

A Polícia Federal encontrou no escritório da Gautama, em Salvador, uma pasta de arquivos com uma relação de parlamentares. Ao lado dos nomes dos políticos, aparecem indicações de emendas para liberar recursos para obras da construtora, suspeita de chefiar um esquema de fraudes no governo federal, e em governos estaduais e municipais, para obter lucros na execução de obras públicas. E junto aos nomes, valores em dinheiro ou presentes. A polícia vai investigar a lista. As informações são do Jornal Nacional.

O dono da Gautama, Zuleido Veras, é tratado pelos investigadores como "chefe dos chefes". Ele mora num condomínio de classe alta em Salvador. Tem carros importados e até um iate de luxo. E, segundo a PF, participava diretamente das negociações, como mostra o diálogo gravado pela polícia entre ele e o deputado distrital Pedro Passos, de Brasília:

Zuleido: Segunda-feira de noite eu já tô aí, Fátima também, tá? E eu levo aquele material seu.

Pedro Passos: Sem falta? Sem falta?

Zuleido: Sem falta. Fique tranqüilo.

Pedro: E já que você tá me dando uma notícia boa, eu vou te pagar com outra.

Zuleido: Diga aí.

Pedro: Nós aprovamos R$ 4,2 milhões de crédito aqui suplementar pra barragem.

Zuleido: Ótimo.

Pedro: Pra nos pagar o resto e sobrar um saldo pra começar lá, né?

Zuleido: Ótimo. Parabéns.

A construtora recebeu mais de R$ 115 milhões do governo federal nos últimos nove anos, segundo a Ong Contas Abertas e 30 obras da Gautama são investigadas pelo Tribunal de Contas da União por suspeita de irregularidades.

Com as provas conseguidas pela PF, a Gautama pode ser impedida de participar de licitações.

– As duas irregularidades mais graves identificadas são sobrepreços encontrados e falhas graves na execução, em que, por exemplo, se paga por algo que não foi executado. Esse é um padrão identificado na Gautama. Ela talvez seja a empresa com maior número de processos com irregularidades graves - disse Lucas Furtado, procurador-geral no TCU.

 
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