A Chapecoense pode completar neste domingo, se não perder para o Joinville, 326 dias invicta no Estádio Regional Índio Condá. São dez meses e 22 dias sem derrotas. Neste período, o time do Oeste disputou 14 partidas, por quatro competições. A última derrota foi no dia 17 de maio de 2006, 2 a 0 para o Criciúma.

Se mantiver a escrita, vencendo o JEC, às 16h, o Verdão do Oeste seguirá firme na luta pelo título do returno, na busca por uma vaga na decisão e por garantir-se na Série C do Brasileiro. Já o adversário, se não quebrar a incrível marca do dono da casa, estará caminhando para uma mancha histórica no currículo de um dos times mais vencedores de SC: a segunda divisão.

O goleiro Nivaldo, da Chapecoense, estava na última derrota e, também, nas 14 partidas de invencibilidade. Ele atribui o bom desempenho do time ao incentivo da torcida.

– Quando joguei fora nunca vi uma torcida como aqui – afirma.

Ele destaca que, mesmo quando o time não está bem, compareciam três a quatro mil pessoas. Nos últimos três jogos, o público foi superior a nove mil torcedores.

– É bom ver o estádio cheio, com esse incentivo corremos muito mais.

Nivaldo, aliás, é um dos xodós do público. Ele tem até faixa em sua homenagem. A cada defesa, a torcida grita: "ão, ão, ão, Nivaldo é seleção".

O técnico Agenor Piccinin também já viveu muitas emoções no Índio Condá. Ele conquistou a Copa Santa Catarina, participou de quase todos os jogos do título de 1996 e livrou a Chapecoense da Segundona, na Seletiva de 2002.

– Nós temos que valorizar a nossa torcida. Com o empurrão e a energia das arquibancadas, o time do Oeste supera as dificuldades. Foi assim na virada contra o Criciúma por 2 a 1 e na vitória sobre o Guarani, por 3 a 2 – comenta o treinador.

DIÁRIO CATARINENSE