| 29/03/2007 13h37min
Tido como um dos principais responsáveis pelo gol de Thierry Henry na derrota do Brasil para a França nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2006, o lateral Roberto Carlos não se sente culpado. Nesta quinta, o jogador garantiu que marcar o centroavante não era sua obrigação e levantou mais uma polêmica ao declarar que "as pessoas não sabem o que aconteceu nos vestiários".
– A minha obrigação não era marcar o Henry – afirmou Roberto Carlos. – Ninguém sabe o que o treinador falou no vestiário e nem o que ficou combinado. As pessoas que falam que eu tinha que ficar nele são ignorantes; não entendem de futebol. Eu poderia marcar o Henry, como também poderia estar deitado no gramado ou atrás do gol. O fato é que ninguém deveria ficar dentro da área – revela.
Embora não tenha aceitado os comentários negativos que recebeu de personalidades não só do esporte, mas também da política, o jogador declarou ter superado isso.
– Fiquei chateado com o que disseram. Não só o Pelé, mas também o Geraldo Alckmin. Ele disse tanto que acabou perdendo as eleições presidenciais. Hoje, dou risada das pessoas que me criticam. As pessoas definitivamente não sabem o que se passou nos vestiários – alfineta o lateral-esquerdo do Real Madrid.
Já aposentado da Seleção Brasileira, ele não quer ser lembrado por suas supostas falhas, mas pelos feitos que obteve em campo.
– Peço para que as pessoas me deixem em paz. Tentaram me culpar em 1998 por causa da bicicleta que eu dei dentro da área contra a Dinamarca (resultando no gol de empate em 2 a 2 nas quartas-de-final. A partida terminou 3 a 2 para o Brasil) e agora por causa da França. Acontece que eu só perdi 16 jogos vestindo a camisa da Seleção, mas ninguém me pergunta das conquistas que eu tive. Só que as pessoas só querem saber de polêmica e se promoverem às custas dos outros – completou.
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