| 15/03/2007 18h33min
O Rio Branco-PR teria usado um jogador irregular contra o Avaí pela primeira fase da Copa do Brasil, de acordo com denúncia do departamento técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A informação é do repórter Sérgio Guimarães da CBN/Diário e o julgamento da equipe do Paraná será na próxima segunda-feira.
O jogador irregular em questão seria o meia Paulo Augusto. Ele ficou no banco na primeira partida contra o Avaí, em Paranguá, e entrou durante o confronto de volta na Ressacada, no dia 28 de fevereiro, em que o Leão acabou eliminado dentro de casa. Ocorre que o nome do jogador só aparece no Boletim Informativo Diário (BID) no dia 6 de março e, portanto, Paulo Augusto teria atuado de forma irregular pela equipe.
Porém, mesmo que o Rio Branco seja punido, o Avaí dificilmente será beneficiado, de acordo com o procurador Paulo Schmitt, do STJD. Segundo ele, o Leão perdeu o prazo de uma semana após a partida para protestar contra irregularidades de jogadores. Além disso, o Rio Branco voltou a atuar nesta quarta-feira pela Copa do Brasil – venceu pela segunda fase, em casa, o Vila Nova-MG por 3 a 0 – e, no caso de punição do time paraense, a equipe goiana é que seria privilegiada.
– Beneficiar clubes que não entraram com a queixa no prazo legal, às vezes, a CBF pode entender que não seria possível reprogramar partidas que já estão em fase mais avançadas na competição – disse Schmitt em entrevista à CBN/Diário.
Pelo lado do Avaí, o clube ficou sabendo pela manhã da suposta irregularidade do meia Paulo Augusto. De acordo com o advogado do clube azurra, Sandro Barreto, o departamento jurídico está estudando como irá se mobilizar diante da situação. Barreto, no entanto, procurou não passar muitas esperanças:
– Estamos vendo o que podemos fazer no caso específico. O resultado (contra o Vila Nova) já foi homologado. Há uma dificuldade nesse sentido e houve outros casos
em outros anos e a gente já sabe o
que aconteceu. Então, não adianta ficar especulando. Temos que estudar e neste caso é mais difícil. Temos que analisar friamente, vamos ver se existe uma real possibilidade.
Segundo o advogado, o Avaí esteve atento a possíveis irregularidades do time do Rio Branco, mas não esperava o caso de Paulo Augusto:
– Havia dois jogadores que vimos as situações e os dois estavam teoricamente irregulares desde a primeira partida, só que eles entraram com efeito suspensivo e deixaram de estar irregulares. Mas o Paulo Augusto é uma situação nova.
Outros dois advogados do Avaí que estão no Rio de Janeiro também estão analisando a situação.
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