O candidato do PSDB ao governo do Maranhão, Roberto Rocha, renunciou para apoiar o concorrente da Frente Trabalhista, Jackson Lago (PDT). O anúncio foi feito durante o seu programa no horário eleitoral, na noite da sexta, dia 27, quando procurou justificar sua atitude como forma de derrubar o grupo Sarney ainda no primeiro turno.

De acordo com Rocha, "somos todos vítimas de um grupo, comandado por uma família que implantou uma poderosa estrutura de comunicação e propaganda que desinforma e tapeia a população''. O político ainda afirmou que o grupo adversário utiliza os recursos do próprio povo para, através de uma política de "clientelismo e embuste", praticar uma dominação "perversa e pervertida".

Com 5% das intenções de votos, segundo última pesquisa Ibope, a decisão de Roberto Rocha pode liquidar a eleição no Maranhão no dia 6 de outubro, já que o candidato da Frente Trabalhista possui 41% contra 38% do governador José Reinaldo, que tenta a reeleição com apoio da família Sarney.

O curioso é que a renúncia de Rocha veio logo depois de uma reunião que ele teve com o presidenciável José Serra (PSDB) em Brasília. Sem palanque no Estado, e com a possibilidade de derrotar a família Sarney, no seu próprio Estado, especula-se que Serra teve papel fundamental no acordo com Jackson Lago, ex-prefeito de São Luís, que sempre liderou as pesquisas de intenção de voto no Estado.

Para completar, o TSE cassou a candidatura de Ricardo Murad (PSB), outro candidato ao governo, que possui 4% das intenções de voto, segundo pesquisa, que agora depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Depois da renúncia do PSDB, restou ao grupo Sarney apostar em um possível crescimento do PT, que divide com o PSTU, as últimas posições, com apenas 1% dos votos, para tentar evitar uma derrota logo no dia 6 de outubro. As informações são da Reuters.