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 | 16/01/2007 14h27min

Tucano critica consulta do partido sobre disputa na Câmara

Deputado eleito reclama que boa parte da sigla não foi ouvida

O deputado eleito tucano José Aníbal (SP) criticou o processo de consulta feito pela liderança de seu partido à bancada sobre a disputa pela presidência da Câmara. Apesar de o presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, ter manifestado apoio a Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição, na quinta-feira passada o líder da bancada, Jutahy Magalhães (PSDB-BA), anunciou a adesão a Arlindo Chinaglia (PT-SP). A decisão gerou protestos internos e pode ser revista. Os tucanos insatisfeitos têm reunião nesta terça-feira para discutir o assunto, mas a bancada só vai se reunir no dia 23.

– Vamos conversar. Fazer o que não foi feito até agora. Boa parte do partido não foi consultada. Este foi um modo rejeitável de se aferir a vontade do partido – disse Aníbal, que foi líder do governo Fernando Henrique na Câmara e agora retorna à Casa.

Segundo ele, há uma parcela significativa do partido que não concorda com a decisão anunciada pelo líder, que coordenou uma consulta, por telefone, aos 63 deputados do partido. O apoio teria sido negociado em troca dos comandos das Assembléias Legislativas de São Paulo e da Bahia e da indicação de Narcio Rodrigues (PSDB-MG), do grupo do governador mineiro Aécio Neves, para a primeira-secretaria da Mesa Diretora da Câmara.

– O PMDB fez uma negociação com o PT (em troca de seu apoio) por cargos, negociação de verbas. É tudo o que a sociedade não quer. Isso rebaixa o Poder Legislativo a uma extensão do Executivo – criticou Aníbal, fazendo uma referência indireta ao acordo que teria sido fechado entre seu partido e o PT.

Aníbal disse que "perdeu todo o sentido" o argumento de Jutahy de que a adesão tucana a Chinaglia respeitava o critério da proporcionalidade previsto na Constituição, segundo o qual o partido com o maior número de deputados tem o direito de indicar o presidente da Câmara, já que o detentor da maior bancada é o PMDB, e não o PT. Ao lançar o nome de Chinaglia para o posto, o PT ofereceu ao PMDB o compromisso de apoiar um candidato do partido em 2009.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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