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Saddam pede ajuda à ONU para evitar ataque norte-americano

O presidente iraquiano, Saddam Hussein, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que impeça que os Estados Unidos ataquem seu país, enquanto os inspetores de armas apresentaram seus planos de retomar sua missão no Iraque. Em uma carta lida por seu chanceler na quinta-feira, dia 19,  aos 190 membros da Assembléia Geral, Saddam negou possuir armas de destruição em massa.

– Declaro por meio desta que o Iraque está livre de armas nucleares, químicas e biológicas – leu o ministro Naji Sabri, três dias depois de seu país autorizar a volta dos inspetores da ONU.

Na carta, Saddam acusa os Estados Unidos de tentarem destruir o Iraque para conseguir o controle sobre a economia petroleira do Oriente Médio. Ele deu a entender que vai impor limites aos inspetores, ao dizer que a volta deles deve respeitar a soberania, os direitos e a segurança de seu país. Essa pode ser uma referência a um acordo endossado em 1998 pelo Conselho de Segurança, que obrigava os inspetores a levarem diplomatas consigo nas visitas aos palácios presidenciais de Saddam. Essa resolução pode ser modificada agora.

Os inspetores chegaram ao Iraque em 1991, após a Guerra do Golfo, e saíram em dezembro de 1998, acusando o governo de não colaborar com a missão, que é um pré-requisito para o fim das sanções econômicas ao país. Desde então, os inspetores foram proibidos de voltar. Também na quinta-feira, o chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, disse que deve mandar uma missão preliminar ao Iraque até 15 de outubro. 

– Vamos selecionar alguns lugares que achamos interessante visitar nas primeiras fases – afirmou.

Segundo resolução aprovada pelo Conselho de Segurança em 1999, os inspetores têm 60 dias para apresentar um plano de trabalho e identificar seus principais alvos. Os Estados Unidos querem abreviar esse prazo. Antes de mandar sua equipe a Bagdá, Blix ainda se reunirá com funcionários iraquianos em Viena, no fim do mês, para discutir questões logísticas. Será o primeiro teste da boa-vontade iraquiana.

Os Estados Unidos ainda discutem na ONU uma resolução com ameaças ao Iraque, mas já disseram estar dispostos a agir sozinhos se for o caso. Parece haver consenso sobre a necessidade de exercer pressão sobre o Iraque, mas a maioria teme as consequências do apoio expresso à guerra em uma região tão turbulenta. As informações são da agência Reuters.

 
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