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 | 07/12/2006 08h38min

Dilma deve chefiar gabinete do apagão aéreo

Comissão para gerenciar crise foi criada em reunião de emergência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um “gabinete de crise”, sob o comando da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), para centralizar as informações e as medidas necessárias para tentar acabar com a nova crise do sistema de tráfego aéreo do país. As informações, obtidas pela Agência Folha, indicam que Lula discutiu a medida em uma reunião de emergência ontem à noite no Planalto, quando recebeu relatos do caos nos aeroportos.

Ontem pela manhã, Dilma se reuniu com o presidente e, depois, com ministros de diversas áreas para preparar medidas de combate à crise. Trata-se de uma intervenção até que sejam formalmente trocados o ministro da Defesa, Waldir Pires, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Armando Félix. Para Lula, eles perderam o controle da situação. A tendência é de que deixem os postos na reforma ministerial que o presidente vai anunciar até o fim deste mês. Lula tem dito que ainda não sabe se a crise é resultado do boicote dos controladores ou da falta de infra-estrutura e de condições de trabalho no setor. A determinação do presidente é que o gabinete identifique as causas, aponte soluções e deflagre um “pacote” para acabar o mais rápido possível com o caos aéreo. A idéia foi copiada do governo Fernando Henrique Cardoso, que também destacou o então chefe da Casa Civil, Pedro Parente, para contornar o “apagão elétrico” de 2001.

A orientação de Lula para a ministra é que não faltem verbas para o que for necessário. O pacote deverá incluir, pelo menos, um “back-up” duplicado para a central de rádio, com Brasília cobrindo automaticamente São Paulo e vice-versa, além de um controle mais sofisticado para que interferências externas não prejudiquem as comunicações.

Muitas das soluções dependem da investigação da pane que está sendo feita por engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), por técnicos da empresa italiana que vendeu o sistema ao Brasil e por policiais federais. O governo não descarta a possibilidade de sabotagem.

Um balanço divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil às 18h mostrava que 122 vôos – de um total de 1.184 – haviam sido cancelados em todo o país. Outros 436 tiveram atraso acima de uma hora.

AGÊNCIA RBS
 
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