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Israel aprova deportação de dois palestinos para Gaza

A Suprema Corte de Israel aprovou na terça-feira, dia 3, a deportação de dois palestinos da Cisjordânia para a Faixa de Gaza. Eles são acusados de ajudar um irmão a praticar um atentado suicida. A extradição de um terceiro palestino foi rejeitada. Essa foi a primeira vez que a Suprema Corte analisou os pedidos de expulsão, uma medida do governo que faz parte do combate à campanha separatista palestina.

O ministro palestino Saeb Erekat disse que a decisão marca "um dia negro para os direitos humanos.'' Os irmãos Intisar e Kifah Ajouri devem ser mantidos por dois anos em confinamento na Faixa de Gaza por ter ajudado um outro irmão a fugir da polícia e ocultar explosivos. Os nove juízes disseram que os irmãos Ajouri "apresentam uma razoável possibilidade de perigo.'' Essa é a última instância do caso. Para Erekat, a decisão judicial indica que "agora Israel aprovou em princípio o conceito de punição coletiva.''

– Vamos buscar ajuda no Tribunal Internacional de Justiça e no Conselho de Segurança (da ONU) para conter essa flagrante violação dos direitos humanos.

Os juízes rejeitaram a extradição de Abed Nassar Asida, cujo irmão é acusado de coordenar dois tiroteios que mataram 17 pessoas. O tribunal entendeu que ele se limitou a dar roupas, comida e um carro ao irmão, sem conexão com a "atividade terrorista'' dele. Ativistas de direitos humanos, que criticam a política de deportações, viram um lado bom no veredicto, pois segundo eles a Justiça determinou que não se pode expulsar um palestino apenas para evitar futuros ataques. O governo espera que a nova tática desencoraje militantes suicidas, que passariam a temer as conseqüências contra suas famílias.

A Suprema Corte definiu que a deportação pode acontecer quando houver "a possibilidade razoável de que uma pessoa se apresente como perigo real, de modo que determinar seu lugar de residência ajude a evitar tal perigo.'' Ainda não se sabe quando o governo vai executar a deportação. Rafida Ajouri, mãe dos irmãos condenados, disse que "Gaza é parte do nosso país e os dois vão voltar em dois ou três anos.'' Ahmed, irmão deles, chamou o veredicto de ``ato terrorista.''

O grupo islâmico Hamas prometeu retaliações contra a decisão, mantendo dessa maneira a rejeição ao apelo feito pela Autoridade Palestina pelo fim da violência. O mais expressivo desses apelos veio na segunda-feira do ministro do Interior, Abdel Razzak Al Yahya, que pediu que "a resistência civil se mantenha no quadro da luta política.''

– Todas as formas de violência palestina devem parar – afirmou Yahya.

Uma fonte do governo israelense elogiou a declaração, mas disse que espera ações, não só palavras, dos políticos palestinos.

– Se for assim, haverá reciprocidade.

Durante a noite, dois civis palestinos foram mortos na aldeia de Burin, perto de Nablus, segundo testemunhas. Outro palestino foi morto pelo em um assentamento judaico na Faixa de Gaza. As informnações são da agência Reuters.

 
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