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 | 29/10/2006 20h52min

Lula diz que discutirá reforma política no ínício de 2007

Presidente reeleito disse que Brasil está vivendo momento mágico

No primeiro pronunciamento como presidente reeleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil está vivendo um momento mágico de consolidação do processo democrático. Segundo o presidente, isso se deve ao povo brasileiro.

– Sobretudo ao povo que foi incluído no patamar daqueles que já tinham conquistado a cidadania. Acho que a inclusão social de milhões e milhões, os acertos e erros do governo, permitiram que pudéssemos chegar mais amadurecidos ao processo eleitoral. Sou grato ao povo desse país, que foi instado a ter dúvida sobre o governo. Mas o povo sabia fazer a diferença entre o que era verdade e o que era mentira. O povo sentiu que tinha melhorado, e contra isso não há adversário. O povo sentiu melhora na mesa, no bolso, no seu cotidiano, na vida de sua família – afirmou Lula, acrescentando que continuará a governar o Brasil para todos, mas que vai priorizar os mais pobres.

O presidente disse que o segundo mandato será "muito melhor" que o primeiro e que a questão da reforma política será discutida logo no início de 2007.

– Eu saio dessa eleição com a convicção muito mais forte de que o Brasil não pode temer o fortalecimento da democracia no país, mas é necessário fortalecer os partidos e amadurecer o processo eleitoral. O processo eleitoral mostrou que, quanto mais fortes as instituições, mais forte será país – disse.

Para Lula, o novo mandato terá um salto qualitativo devido à experiência adquirida e à resolução de diversos problemas, como os da macroeconomia, no primeiro mandato. O presidente também afirmou que a economia do país crescerá e que o Brasil atingirá outro patamar de desenvolvimento. Segundo ele, as bases para o crescimento econômico foram assentadas no primeiro mandato.

– Não tenho dúvidas de que o Brasil irá atingir um padrão de desenvolvimento, que será colocado entre os países desenvolvidos do mundo. Nós cansamos de ser uma potência emergente. Queremos crescer. As bases estão dadas e agora a gente tem de trabalhar – disse o presidente, lembrando o slogan ("deixa o homem trabalhar") de campanha.

O presidente reeleito informou que pretende se reunir com todos os partidos, inclusive com aqueles que fazem oposição ao seu governo.

– Não tenho dúvida nenhuma de que podemos contar com a compreensão dos partidos que fizeram a oposição ao PT. Sem dúvida,  eu vou chamar todos os partidos para conversar. A Presidência é minha, mas o Brasil é de todos nós – disse.

Lula ainda disse que a solução dos problemas dos brasileiros está no crescimento da economia. Segundo ele, alguns defendiam, antes do primeiro mandato, que era preciso crescer para depois distribuir renda, o que, na opinião de Lula, acabou se mostrando falso.

– Nós dizíamos que era preciso distribuir para depois crescer. E nós provamos que, com o pouco de distribuição de renda que nós fizemos, seja com a política de transferência de renda através do Bolsa-família, através da Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), do crédito consignado, do salário mínimo, das conquistas que os trabalhadores brasileiros tiveram fazendo acordos salariais acima da inflação, coisa que há muito tempo não fazíamos, quando o povo tem um pouco de dinheiro ele começa a comprar – disse, completando:

– A loja começa a vender, a fábrica começa a produzir, a gerar empregos e aí passa a haver distribuição de renda. E é esse o país que nós queremos – disse.

Lula afirmou que, no segundo mandato, não terá mais de comparar o desempenho de seu governo com o de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

– Se nós, apanhando do jeito que nós apanhamos, conseguimos fazer um governo que, comparado aos oito anos do meu antecessor, é infinitamente melhor, imaginem agora que eu não tenho mais de comparar com o governo dele, tenho de comparar comigo mesmo. Tenho de comparar os próximos quatro anos com meus primeiros quatro anos. Então, podem gravar aí, vai ter muito mais emprego, vai ter mais renda, vai continuar aumentando o salário mínimo, a economia brasileira vai crescer e esse país será um país muito mais justo com o seu povo, que é para isso que eu fui eleito – afirmou Lula.

Entre as falhas, que disse que irá corrigir no segundo mandato está um maior acompanhamento do andamento das medidas decididas por ele.

– Essa (o andamento das medidas decididas por ele) é uma coisa que vou acompanhar com lupa. Uma decisão tomada na minha mesa não pode ficar mais de trinta dias sem estar regulamentada. Não pode mais. Se tiver de discutir que discuta antes de chegar na minha mesa – disse.

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