Depois de um debate acirrado, que terminou na madrugada desta terça-feira, os candidatos ao governo de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) e Aloizio Mercadante (PT) continuaram o duelo com o tucano José Serra, líder nas pesquisas de intenção de votos, no último dia do programa eleitoral gratuito antes do primeiro turno das eleições.

Mercadante insistiu em colar sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, e de petistas ilustres, abrindo seu programa com imagens de comícios realizados ao lado de Lula. No final do programa, tendo ao fundo o senador Eduardo Suplicy, também candidato à reeleição, e a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, Mercadante afirmou que quer muito ser governador para fazer um governo melhor que "os 12 anos do PSDB".

- Veja: quero muito ser governador de São Paulo porque sei que posso fazer um governo muito melhor do que o PSDB fez em 12 anos. Quero continuar o trabalho sério na prefeitura de São Paulo, iniciado pela prefeita Marta e que o Serra interrompeu.

Mesmo perdendo um minuto de seu programa, usado como direito de resposta pela campanha tucana, o peemedebista Orestes Quércia não se intimidou e atacou petistas e tucanos em seu programa.

– Você como eu deve estar perplexo. Negociam dossiê com criminosos, negociam ambulâncias com criminosos, negociam a administração dos presídios com criminosos. Virou moda no PT e PSDB negociar com bandidos e deu no que deu –, disse Quércia.

O candidato do P-Sol, Plínio de Arruda Sampaio, criticou PT e PSDB e pediu votos para sua candidatura afirmando que ninguém precisa escolher entre o "ruim e o péssimo".

Serra não polemizou com os adversários. O tucano mostrou números de pesquisas de intenção de voto onde aparece em primeiro lugar e afirmou que em sua campanha procurou fazer sua parte "sempre com respeito e sinceridade".

AGÊNCIA GLOBO