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 | 23/09/2006 19h51min

Delegado que prendeu Gedimar e Valdebran nega afastamento do caso

Edmilson Bruno atua na Polícia Federal de São Paulo

O delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno negou que tenha sido afastado das investigações sobre o dossiê que mostraria envolvimento de partidos políticos com a máfia dos sanguessugas. Ele explicou que sua função no caso se resumiu à prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, já que a coordenação das investigações está concentrada na PF de Cuiabá – Bruno atua em São Paulo.

– É um critério nosso. Eu só fiz a prisão e os depoimentos. Depois [o caso] foi para Cuiabá, porque, na realidade, esse inquérito nasceu em Cuiabá – disse.

Edmilson explicou que fez a apreensão do dinheiro na sexta-feira, dia 15, e voltou na segunda-feira, 18, à PF apenas para terminar a apreensão, para “fazer o depósito do dinheiro porque ele tinha ficado num cofre [da PF] na sexta feira”.

Ele ainda explicou que, inicialmente, a operação teria o objetivo de prender apenas Valdebran e apreender o dinheiro que estava com ele e serviria para pagar pelo dossiê. Mas a busca acabou revelando outro envolvido: Gedimar Passos.

– O que causou surpresa é que nós não sabíamos que havia outro agente filiado ao PT dentro do hotel, no quarto ao lado – explicou.

O delegado disse que Valdebran admitiu ter R$ 1 milhão e contou que, no quarto do hotel onde efetuou as prisões, as negociações continuaram, com ligações de Vedoin para Valdebran.

– Eu deixei que o Vedoin ligasse e dissesse que estava tudo em ordem. O Vedoin perguntou se tinha alguém com ele, perguntou se o resto do dinheiro estava lá. Mas ele [Valdebran] não sabia que tinha mais dinheiro.

Bruno afirmou ter dito para Vedoin que só sairia do hotel com o resto do dinheiro em mãos. Foi quando Valdebran disse que o que ele queria estava no quarto ao lado, com Gedimar Passos.

– Batemos na porta. Atendeu o Gedimar. Um agente o reconheceu como sendo um ex-colega. Ele disse que era advogado do PT e apontou os outros R$ 715,8 mil. Todos foram levados para o mesmo quarto. As negociações continuaram porque o meu interesse era pegar o dossiê.

Segundo o delegado, Gedimar Passos disse, em depoimento, que parte do dinheiro foi entregue por uma pessoa que foi ao hotel de táxi e os outros R$ 715 mil “foram entregues por uma pessoa que subiu no quarto do hotel, supostamente um doleiro. Um doleiro de nome André”, disse.

AGÊNCIA BRASIL
 
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