A média das projeções de inflação para este ano caiu de 3,63%, na semana passada, para 3,32%, de acordo com o boletim Focus distribuído hoje pelo Banco Central. Isso dá uma diferença de 26,22% a menor em relação à meta de 4,50%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para a trajetória de metas.

A redução acentuada, na comparação semanal, decorre em parte da surpreendente queda do IPCA de agosto, que ficou em apenas 0,05% quando todas as previsões indicavam 0,20%. Como resultado imediato, as estimativas de inflação para setembro caíram de 0,30% para 0,25%, em relação à pesquisa anterior, com perspectiva de aumentar para 0,35% em outubro. A projeção de inflação para os próximos 12 meses também caiu de 4,52% para 4,39%.

As estimativas são fruto de pesquisa que o Banco Central faz todas as sextas com uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras para sentir as tendências dos principais indicadores da economia, na visão da iniciativa privada. Essa pesquisa é divulgada no boletim Focus, sempre no primeiro dia útil da semana seguinte.

A inflação no varejo está em queda também no Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), que mostra redução de 2,14%, na semana anterior, para 1,93%. Mas ele se refere ao comportamento de preços só na capital paulista.

A expectativa também é de queda nos preços administrados por contrato, ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, transporte urbano e outros). A perspectiva de reajustes acumulados no ano caiu de 4,50% para 4,40% neste ano, em linha com a meta oficial de inflação, com expectativa de 4,50% para 2007.

Os dois indicadores pesquisados no mercado atacadista são divergentes: o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) diminuiu de 3,53% para 3,50% na comparação semanal, mas o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) aumentou de 3,42% para 3,46%.

AGÊNCIA BRASIL