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 | 25/08/2006 18h15min

Justiça aceita 60 candidaturas de suspeitos da Máfia das Ambulâncias

Denúncias estão sendo investigadas pela CPI dos Sanguessugas

Com o deferimento das candidaturas dos deputados federais João Correia (PMDB-AC) e César Bandeira (PFL-MA), confirmado hoje pelo sistema de registro do Tribunal Superior Eleitoral, chega a 60 o número de parlamentares acusados de envolvimento no escândalo da Máfia das Ambulâncias que são candidatos nas eleições em outubro. As denúncias estão sendo investigadas pela CPI dos Sanguessugas.

Os parlamentares são acusados de participar de um esquema com empresas do grupo Planam para a venda de ambulâncias superfaturadas a municípios por meio de dinheiro oriundo de emendas parlamentares, pelas quais os deputados e senadores receberiam comissão. O esquema foi revelado por uma operação da Polícia Federal e vem sendo investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas.

São 60 os parlamentares que tiveram os pedidos de candidatura aceitos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Alguns tinham contra si impugnações, que foram desconsideradas. Apenas seis candidatos perderam o direito  de voltar a ocupar um cargo público. Somente o tribunal eleitoral de um estado, o Rio de Janeiro, divulgou ter levado em conta as investigações na hora de julgar as candidaturas. O levantamento foi feito pela Agência Brasil.

O prazo para os TREs julgarem as impugnações terminou na quarta-feira. Os recursos dos que tiveram negados seus registros de candidatura serão julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até setembro. O prazo para recorrer da decisão de um TRE é de três dias.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu processos individuais contra cada um dos 69 deputados citados no Relatório Parcial da CPMI, que considera existirem provas contra esses deputados. Eles são citados e acusados em depoimentos. Contra muitos, pesam ainda gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal e comprovantes de depósitos e transferências bancárias. Dois parlamentares renunciaram. Há ainda três senadores que devem ser processados pelo Conselho de Ética do Senado.

Nenhum parlamentar até agora admitiu responsabilidade no esquema. A Procuradoria Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos contra 84 parlamentares suspeitos de envolvimento em fraudes na área da saúde. Os inquéritos já estão em andamento. Há ainda dois parlamentares acusados apenas pela CPI e sem processo no STF.

AGÊNCIA BRASIL
 
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