O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que exercia a liderança do partido e do Bloco da Maioria no Senado, pediu licença das duas funções por 60 dias.

Segundo a assessoria do parlamentar, o pedido de licença vai garantir a Suassuna mais tempo para que ele se dedique à campanha à reeleição e também para que trabalhe na sua defesa junto ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Durante a licença de Suassuna, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) assume interinamente as duas lideranças.

Suassuna é um dos três senadores que, junto a 69 deputados, tiveram os seus nomes incluídos no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas com indícios de participação no uso irregular de recursos do Orçamento da União para a compra superfaturada de ambulâncias por prefeituras.

A CPI decidiu enviar os nomes dos congressistas às Mesas Diretoras das duas Casas, que encaminharão os relatórios aos respectivos Conselhos de Ética. Caberá a esses colegiados dar início a processo disciplinar baseado em provas ou indícios de participação dos parlamentares na chamada máfia das ambulâncias.

O pedido oficial de afastamento de Suassuna deverá ser encaminhado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda hoje.

AGÊNCIA SENADO