Ao fim do tumultuado Gre-Nal de nº 366, que terminou em 0 a 0 neste domingo, dirigentes da dupla Gre-Nal trocaram acusações ao comentar os incidentes promovidos por alguns torcedores do Grêmio dentro do Estádio Beira-Rio. O assessor de futebol do Tricolor, Renato Moreira, disse que a confusão ocorreu por culpa dos dirigentes colorados, que, segundo ele, vivem provocando a torcida rival:

– Acho que quem tem que ser responsabilizado é a direção do Internacional, que vem sistematicamente provocando a torcida do Grêmio. No Gre-Nal passado nos roubaram cinco mil ingressos. Nesse Gre-Nal, impediram a nossa comissão técnica de trabalhar no intervalo, trancando, impediram o nosso fisioterapeuta de acompanhar o Alessandro ao hospital. Isso aí é um somatório de coisas. É evidente que eu não concordo que se queime banheiros, agora também cabe às autoridades fiscalizarem e ver se aqueles banheiros têm condições de estarem no estádio – afirmou o dirigente tricolor.

Já o presidente Fernando Carvalho rebateu as declarações de Moreira.

– É brincadeira. É evidente que foram os torcedores do Grêmio que fizeram a baderna. Eu desafio uma pessoa sequer a fazer uma manifestação ridícula como essa do Renato Moreira. Eu lamento que o Renato, que é uma pessoa equilibrada, tenha tido o desequilíbrio da sua torcida para se manifestar dessa forma. Eu espero que a CBF, o tribunal, o Brasil inteiro tome uma posição contra esse tipo de situação – afirmou Carvalho.

O presidente em exercício do Grêmio, Túlio Macedo, declarou que a responsabilidade pelos incidentes é das autoridades:

– Eu não vejo razão alguma para punir o Grêmio. Colocaram uns banheiros atômicos (sic). Se tu colocas alguma coisa química no estádio, tu tens que dar muita segurança para que isso fique no seu devido lugar, o que não aconteceu. Eles foram lá, quiseram ir no banheiro, não encontraram, se revoltaram e pegaram aqueles banheiros químicos ali e aconteceu isso. Se houve falha, essa também foi do Internacional, que colocou dentro do estádio algo que tem produtos químicos – disse Macedo.