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MP investiga gráfica fantasma de São Leopoldo

Empresa estaria envolvida no esquema da corrupção da Câmara de Vereadores

A Promotoria Especializada Criminal investiga a contratação, em 2000, de uma gráfica suspeita pela Câmara de Vereadores de São Leopoldo. Documentos em poder do Ministério Público indicam que a Câmara mandou confeccionar em 2000 envelopes e folhas timbradas, cartilhas educativas e de prevenção da Aids, regimento interno, pastas de cartolina e fichas cadastrais, entre outros materiais, na Solgráfica Editora e Tipografia Ltda, em Canoas.

A Solgráfica não dispõe de estrutura industrial para produção gráfica. Na prefeitura de Canoas, há um registro de que sua sede se localiza no número 33 da Rua Paineiras, Parque Residencial Igara, bairro Igara. No local, há uma casa que serve de residência para uma família.

A Promotoria suspeita que a Solgráfica esteja envolvida em suposto esquema de corrupção na Câmara. Os promotores desconfiam que a gráfica - constituída em 2000, único ano em que teria prestado serviços ao Legislativo - tenha sido utilizada para justificar gastos e fornecer notas fiscais frias.

Na sede oficial da empresa mora Ilaine Schacker, 55 anos, ex-mulher de Paulo Roberto Militão, preso em 1993 por envolvimento no desembarque de uma carga de 2,1 toneladas de cocaína em São Leopoldo. Militão foi condenado pela Justiça Federal a uma pena de 10 anos e oito meses de reclusão por tráfico. Ele é velho conhecido de Mário D`Ávila, ex-assessor informal do vereador Joni Jorge Homem (PFL), presidente da Câmara em 2000, e autor das gravações de fitas VHS nas quais aparecem nove parlamentares recebendo dinheiro de uma suposta propina. D`Ávila foi preso e condenado por tráfico, em 1993, acusado de fazer parte da quadrilha liderada por Militão.

A Solgráfica está registrada no nome de Ereni Maria Silva dos Santos e de Volmir Ramos, que abriram a empresa no dia 9 de março de 2000. Em março de 1995, Ramos participou de um assalto a um curtume em Estância Velha. Acabou condenado a seis anos e meio de reclusão. Segundo a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), está em liberdade condicional desde abril de 2000.

Ilaine confirma que a empresa nunca funcionou na casa. Ela afirma desconhecer Ereni e Ramos. De acordo com Ilaine, seu ex-marido alugou uma peça do imóvel, em 2000, para o funcionamento de um escritório de terceiros.

 
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