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 | 12/07/2006 07h

Lula apóia Rigotto em segundo turno sem PT no RS

Presidente fez afirmação em jantar com PMDB governista na segunda-feira

A aproximação cada vez maior entre PT e PMDB na eleição presidencial pode causar prejuízos à campanha do ex-governador Olívio Dutra (PT) ao Palácio Piratini. Desejoso de assegurar o apoio do maior número possível de peemedebistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a reduzir a presença nos Estados onde os dois partidos são adversários.

O sacrifício foi oferecido a líderes do PMDB em jantar na segunda-feira, em Brasília, conforme Zero Hora apurou junto a três presentes ao encontro. Reunido com representantes de 18 diretórios regionais da sigla, Lula usou como exemplo a sucessão gaúcha. Ele reconheceu a animosidade entre PMDB e PT e o provável embate entre Olívio e o governador Germano Rigotto no segundo turno. Mas fez uma ressalva:

– Se o segundo turno for entre Rigotto e Yeda Crusius (PSDB), vou estar no palanque de Rigotto. 

De acordo com o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), Lula chegou a manifestar o desejo de se manter neutro no confronto entre os dois partidos:

– Ele quer que a luta se processe em nível local. Em alguns Estados, sem citar quais, chegou a dizer que não deverá participar da campanha no primeiro turno.

Os presentes ao encontro não acreditam que Lula irá se abster de pedir votos para Olívio. O presidente estaria mais disposto a diminuir as tensões entre PMDB e PT, evitando que as divergências respinguem na campanha nacional.
– O presidente quer uma convivência amigável – disse o senador Ney Suassuna (PMDB-PB).

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, confirmou o desejo de Lula de contar com Rigotto:

– No segundo turno, Lula não teria a menor dificuldade em apoiar Rigotto caso Olívio não passe. Ao mesmo tempo, ele gostaria de contar com a participação do governador para assegurar vitória já no primeiro turno. 

O afago de Lula ao PMDB gaúcho gerou reações. Presidente nacional do PMDB e aliado de Geraldo Alckmin (PSDB), Michel Temer aproveitou para provocar.

– Olívio não deve ter gostado nada disso. Mas é natural, são palavras de campanha – declarou.

O secretário nacional de Finanças do PT, Paulo Ferreira, reduziu a importância do episódio:

– Lula tem o palanque de Olívio, e Alckmin, o de Yeda. Não vamos falar em segundo turno antes de definir o primeiro.

FÁBIO SCHAFFNER/ZERO HORA – COLABORARAM IARA LEMOS E ROBERTO MALTCHIK

 
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