| 25/06/2006 19h54min
O técnico da seleção de Portugal, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, comparou a partida deste domingo em que sua equipe venceu a Holanda por 1 a 0 a um jogo de Copa Libertadores da América. Para Felipão, o confronto deste domingo parecia mais um jogo “de campeonato sul-americano contra uma equipe argentina” do que um válido pelas oitavas-de-final de uma Copa do Mundo.
– Foi uma partida intensa. Foi um jogo típico de campeonato sul-americano. Com equipes argentinas é quase uma guerra e hoje foi muito parecido. Foi nesse estilo, com muita luta, resultados muito apertados. Isso é parte da minha vida, estou acostumado – disse o técnico brasileiro durante a entrevista coletiva.
Felipão afirmou que ainda não quer pensar nos problemas que terá para escalar a equipe para a partida contra a Inglaterra, pelas quartas-de-final, já que teve dois jogadores expulsos e Cristiano Ronaldo deixou a partida machucado. Por enquanto, ele só quer comemorar a atitude demonstrada pelos jogadores neste domingo.
– Só há felicidade, porque fazia muitos anos que Portugal não tinha um grupo que fizesse tanto pelo país e dignificasse dessa forma seu nome. Não tenho que me preocupar, porque tenho 23 jogadores e Cristiano Ronaldo em cinco ou seis dias estará recuperado. Só há felicidade pela vitória heróica, maravilhosa de um grupo que merece que Portugal valorize o que fez hoje.
Ao contrário do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que criticou publicamente a arbitragem do russo Valentin Ivanov, Felipão classificou como correta a atuação do árbitro. De acordo com o treinador, a única falha foi o segundo cartão amarelo mostrado ao brasileiro naturalizado português Deco, que acabou expulso.
– Houve situações contraditórias, especialmente na expulsão de Deco, mas acho que os cartões amarelos foram bem distribuídos, exceto nesse caso – indicou.
O técnico brasileiro, que neste domingo chegou ao recorde de 11 vitórias consecutivas em Copas do Mundo, sete delas conquistadas com a Seleção Brasileira no Mundial de 2002, disse que a principal virtude de sua equipe foi saber se adaptar às circunstâncias do jogo.
– Portugal tem uma grande capacidade de sofrer. Jogamos uma partida bonita, mas também nos adaptamos às circunstâncias do jogo em cada momento. Agora, tenho que montar a equipe para a partida contra a Inglaterra sabendo que teremos outras dificuldades. Falta pouco para alcançarmos a equipe de Eusébio em 1966 – finalizou Felipão.
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