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 | 19/06/2006 13h17min

CUT diz que greve da Receita provocou quase 5 mil demissões

Empresários do Pólo Industrial de Manaus negam que estejam demitindo

O presidente regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e Eletrotécnicos do Amazonas, Valdemir Santana, voltou hoje a declarar que a greve dos auditores fiscais da Receita Federal está provocando demissões no Pólo Industrial de Manaus – apesar de os empresários negarem a informação.

– Nós estamos avaliando que já está beirando quase 5 mil o número de pessoas contratadas por tempo determinado e que foram dispensadas antes do término do contrato temporário – disse o sindicalista.

De acordo com Santana, as demissões são maiores no setor termoplástico, que teria começado a dispensar os operários há cerca de 15 dias. Mas o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Maurício Loureiro, sustentou que, por enquanto, a greve obrigou os patrões apenas a dar férias coletivas a 2 mil operários.

Loureiro informou que quatro em cada 10 linhas de produção do pólo industrial estão paradas, o que provoca um prejuízo diário de US$ 33 bilhões. Ele garantiu que os empresários estão "evitando ao máximo" demitir porque investiram na qualificação da mão-de-obra e porque os custos trabalhistas da medida são elevados.

A inspetora da alfândega portuária de Manaus, Maria Elízia de Andrade, revelou que cerca de 60 medidas judiciais estão garantindo o funcionamento parcial do despacho aduaneiro. Ela explicou que pelo porto passam entre 60% e 65% de todas as mercadorias importadas que chegam à capital amazonense – grande parte delas são componentes utilizados como matéria-prima pela indústria de eletroeletrônicos.

Dados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) mostram que o faturamento do Pólo Industrial foi de R$ 15,6 bilhões entre janeiro e abril deste ano (11,95% superior ao do primeiro quadrimestre do ano passado). Para o bom resultado, contribuiu o aumento da venda de televisores, motivado em grande parte pela Copa do Mundo.

A última assembléia-geral do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical) ocorreu na quarta. Os 2,4 mil trabalhadores presentes aprovaram a manutenção da greve – que já dura 50 dias – por tempo indeterminado.

Eles reivindicam um reajuste salarial de 57,66% para a remuneração inicial, de 27,13% para os salários pagos ao final da carreira e de 50,73% para os servidores aposentados. Segundo um estudo do sindicato, esse seria o aumento mínimo necessário para recompor as perdas de poder aquisitivo que os servidores sofreram entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005.

AGÊNCIA BRASIL
 
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