Respondendo a uma solicitação do deputado Miro Teixeira (PDT), o Congresso Nacional retirou o pedido para que tropas do Exército se dirijam ao local para coibir a manifestação do Movimento de Luta dos Sem Terra (MLST). De acordo com o parlamentar, o protesto poderá ser resolvido com a palavra, sem intervenção de força militar.

– Esse Congresso já foi fechado em outros tempos. Temos que mostrar a autoridade do poder civil. Nós temos a autoridade de impedir a invasão nesse plenário – disse Miro Teixeira.

Um grupo de 300 pessoas invadiu a Câmara nesta tarde, entrou em confronto com a polícia militar e provocou grande tumulto no local.

Teixeira discursou no plenário e disse que o grupo seria bem-vindo pacificamente em qualquer momento. Além disso, o parlamentar afirmou que há pessoas de direita da manifestação.

– O povo não invadiu essa Casa. Havia um grupo de manifestantes que é bem-vindo aqui e que estão lutando contra o trabalho escravo. No meio dos manifestantes, tem gente infiltrada de esquerda, mas que é de direita – continuou.

O grupo do MLST permanece no Salão Verde, da Câmara dos Deputados. Eles pegaram uma estátua de Mário Covas e jogaram no chão. As principais reivindicações são por uma reforma agrária e pelo fim do trabalho escravo no Brasil.

RÁDIO GAÚCHA